Todo novo smartphone traz consigo questionamentos. Será que realmente preciso da última versão do processador da Qualcomm? Preciso de um aparelho com câmera otimizada? Preciso de mais RAM? Preciso de uma bateria maior? Preciso de AR Emojis? Estas perguntas me fazem refletir sobre ser uma fantoche da obsolescência programada ou uma early adopter. Como você já pode perceber, neste momento, o meu conflito está em permanecer com o Galaxy S8 ou comprar o Galaxy S9.
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No dia 25 de fevereiro, a Samsung apresentou o Galaxy S9 e o Galaxy S9+, durante o MWC 2018. Durante a apresentação do aparelho ou mesmo durante o meu tempo de hands-on com os dispositivos, não pude realmente parar e analisar as diferenças desta para a geração anterior. Porém, pouco mais de duas semanas depois, posso dizer que consigo ver uma boa diferença neste comparativo entre as funções do Galaxy S9 vs. Galaxy S8.
O Galaxy S9 é mais resistente do que o Galaxy S8
Há um ano, quando usei o Galaxy S8 pela primeira vez, não conseguia ver em que a Samsung poderia mexer para otimizar ainda mais o design e a pegada da linha. Agora que o Galaxy S9 chegou, vejo como isso é sim possível. Na realidade, o novo modelo vem com bordas um pouco menores, bem como um pouco mais quadrado, como é possível notar na imagem abaixo:
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AparelhoDimensõesPeso[row_column]Galaxy S8[/row_column]
[row_column]148.9 x 68.1 x 8.0 mm[/row_column]
[row_column]155g[/row_column]
[row_column]Galaxy S9[/row_column]
[row_column]147.7 x 68.7 x 8.5 mm[/row_column]
[row_column]163g[/row_column]
O S9 possui quase as mesmas dimensões do antecessor e está mais resistente porque, primeiro, a Samsung não aumentou a capacidade da bateria de uma geração para a outra, e, segundo, porque a empresa usou um alumínio mais rígido no chassi. A nova linha usa o alumínio AL 7003, que é muito menos propenso a deformar sob pressão. Logo, se você sentar sobre o dispositivo, ao que tudo indica, não vai dobrar.
Ao mesmo tempo, o aro metálico dos Galaxy S9 e Galaxy S9+ é 0,2 mm mais grosso, isso, combinado com o AL 7003, faz com que exista uma transferência 20% menor do impacto do choque na tela caso o aparelho cia no chão. Fico me perguntando se isso poderia ter salvo a tela do meu Galaxy S8…
Além disso, a Samsung parece mesmo estar de ouvidos bem abertos quando o assunto é durabilidade da tela da sua série principal. O display do Galaxy S9 e da sua versão Plus estão 20% mais espessos do que o dos seus antecessores. O valor da espessura do vidro da frente passou de 0,5T para 0,6T.
Isso somado à certificação de resistência à água e poeira IP68 significa mais durabilidade. E vale lembrar que a Samsung optou por manter a entrada P2 para os fones de ouvido, caso contrário, talvez tivéssemos um aparelho ainda mais slim. 2019 quem sabe?
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O Galaxy S9 vêm com alto-falantes estéreo, o Galaxy S8 não
Antes do evento Unpacked, ou seja, pelo menos seis meses antes do anúncio oficial do modelo, não fui atrás de nenhum rumor sobre a nova geração da série, mas juro que bati palmas voluntariamente na hora em que anunciaram os alto-falantes estéreo AKG do Galaxy S9. Finalmente, a Samsung passa a usar então o speaker para ligações como segundo alto-falante de áudio e oferece som estéreo, ou seja, duas caixas para a saída de áudio.
Isso não torna apenas o som mais alto, mas oferece uma experiência surround de áudio devido ao suporte para Dolby Atmos 360º, excelente para o consumo de mídias. Usar o Netflix no Galaxy S9 tem tudo para ser melhor do que no Galaxy S8 por conta disso.
A câmera do Galaxy S9 possui abertura variável
A Samsung precisou acertar uma vez para continuar apenas mantendo a qualidade das câmeras dos smartphones das linhas Galaxy S e Galaxy Note. Tanto é que do Galaxy S7 para o Galaxy S8, nada mudou. Porém, nada no universo mobile é tão bom que não possa melhorar.
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Seguindo isso, a Samsung trouxe um recurso mecânico para as câmeras do Galaxy S9 e S9+ capaz de aumentar ou diminuir a abertura da lente entre f/1.5 (abertura grande) e f/2.4 (abertura pequena). O que a gigante sul-coreana oferece com isso é a chance de poder usar a mesma lente da câmera para capturar imagens em ambientes com alta e baixa luminosidade.
Desta forma, na luz do sol, por exemplo, usando a abertura f/2.4, temos a abertura menor, mas suficiente para captar os detalhes da cena. Contudo, durante a noite, quando as condições de luz não são nada favoráveis, precisamos de uma abertura maior, f/1.5, capaz de absorver mais luz e, assim, oferecer mais detalhes à cena. No vídeo é possível perceber este mecanismo em ação:
A câmera do Galaxy S9 agora captura vídeos slow-motion em 960 fps, o que dá um efeito super legal às gravações. Aliás, os engenheiros da empresa resolveram dar aos proprietários da nova linha a chance de usar os vídeos capturados em câmera lenta como papel de parede. Minha opinião é a de que isso terá um impacto negativo no consumo da bateria, mas…
Outro recurso bacana é o AR Emoji, presente no software da câmera do aparelho, que usa Realidade Aumentada (AR) e faz o mapeamento da face dos usuários para estes possam enviar mensagens via WhatsApp ou Facebook, por exemplo, como emojis animados de si. Sinceramente, ainda não foi confirmado se este recurso poderia chegar à linha Galaxy S8 através de um update de software, mas algo me diz que esta novidade pode dar o que falar, visto que a Apple já nos mostrou com os Animoji do iPhone X que as pessoas estão curtindo tal recurso.
O processador do Galaxy S9 é da Qualcomm no Brasil
Se a Qualcomm fez pressão ou não, isso só os executivos da Samsung podem dizer, mas o importante é que o Galaxy S9 será comercializado com o processador Snapdragon 845 no Brasil e em outras regiões do mundo, não apenas nos EUA, como tivemos nos últimos anos.
As variantes com as CPUs da Qualcomm costumam oferecer uma melhor performance do que as embaladas pelos processadores Exynos, da Samsung. O pessoal da AnandTech mostrou isso em um comparativo entre os dois chipsets e, apesar de um claro problema apresentado pela variante com o Exynos 9810 em alguns dos benchmarks, o Snap 845 teve considerável sobra em diversas pontuações.
Outra coisa bacana é que, como a Qualcomm não é tão fechada quanto a Samsung, mais ROM customizadas estarão disponíveis para os novos modelos.
A bateria do Galaxy S9 é igual a do Galaxy S8
Juro que se os engenheiros da Samsung tivessem aumentado a capacidade da bateria da nova geração dos flagships da Samsung, todas as minhas dúvidas sobre comprar ou não o Galaxy S9 se resumiriam a uma: se o aumento da bateria compensaria o investimento.
Porém, isso não aconteceu. Pior do que isso, foi a manutenção dos 3.000mAh, mesmo com a mudança do processador que, normalmente, é mais rápido e energeticamente mais eficiente, tivemos uma centena de novos recursos e opções de hardware que demandam mais suco.
Com isso quero dizer que é possível que tenhamos que carregar o dispositivo entre uma e duas vezes ao dia, mas isso só posso confirmar depois do review do aparelho.
Devo trocar meu Galaxy S8 pelo Galaxy S9?
Voltando para o início deste artigo: trocar o Galaxy S8 pelo Galaxy S9 seria entrar na dança da obsolescência programada, na qual o mercado conduz meu comportamento? Ou será que as novas funcionalidades representam uma mudança inteligente e oferecem uma experiência com novas tecnologias que podem mudar o status quo da indústria mobile?
Neste momento, diria que trocar o Galaxy S8 pelo Galaxy S9 é um upgrade para mim. Não apenas enquanto profissional da área, mas como alguém que deseja estar entre os primeiros da fila. Porém, acredito sem dúvidas que o modelo da geração de 2017 ainda está em perfeitas condições de uso, muito superior a grande maioria de dispositivos presentes nas prateleiras das lojas.
Agora quero saber a sua opinião: com base nas considerações deste artigo, você acha que eu devo trocar meu Galaxy S8 pelo Galaxy S9? O que você faria?
Fontes: Wikipédia [1], [2], SamMobile, AnandTech