Quem teve celular e outros gadgets desde seus primórdios lembra das muitas técnicas utilizadas para não “viciar” suas baterias. Uma das mais clássicas, consistia em deixar o celular carregando a noite toda depois de uma descarga completa. Muitos fazem isso até hoje, mas não deveriam.
Ir dormir e deixar o celular na tomada já se tornou um hábito de muita gente, porém há uma série de razões para evitar essa prática. Acompanhe.
Do Níquel ao Lítio
Os velhos hábitos de carregamento de celular têm lá seu sentido. As baterias daquele Nokia “tijolão”, ou de outros aparelhos da época, eram à base de níquel.
Esse tipo de bateria possui o que chamamos de efeito memória: a cada nova recarga, a ela perdia um pouco da sua capacidade de armazenamento de energia. Ou seja, o celular ficava menos tempo “completo” a cada recarga feita.
Atualmente, no entanto, a indústria adotou outro metal, o lítio, como matéria-prima de suas baterias, o que reduz drasticamente esse efeito. E os velhos hábitos nesse caso podem ser um problema sério…
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Chumbo… não, Lítio quente!
Mesmo com a evolução das baterias, uma coisa não mudou: componentes eletrônicos e calor são uma péssima combinação.
Quando você vai dormir e deixa o celular carregando, é quase certo que no dia seguinte lerá um alerta informando que o processo está completo, e a sugestão de que você remova ele da energia. Só que essa mensagem apareceu muito antes de você acordar.
A eletricidade que seu aparelho recebe parou de ser armazenada, e passou a se transformar em calor. Isso danifica sua bateria e em última instância prejudica até o celular em si.
Os celulares mais novos, costumam ter ferramentas internas que interrompem esse processo ao atingir os 100%, passando a usar o carregador apenas como fonte de energia. Mas ainda assim, não é a melhor alternativa deixar um celular armazenando energia à noite…
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O equilíbrio é a melhor opção
Outro hábito que acompanha o de carregar o celular à noite é o de deixar ele quase sem energia. Isso prejudica a bateria, mesmo a de lítio, pois ela também tem um limite de vida útil.
O aconselhável é o meio-termo: comece a recarregar sempre que se aproximar dos 40% de capacidade. E procure não usar muito o aparelho enquanto ele carrega.
Agora eu vou sair aqui, porque acabei de ver meu celular está só com 52% de carga!
Nota do editor: eu comecei a recarregar meu celular sempre durante o dia, no escritório, enquanto estou escrevendo, já que nesse momento quase não mexo nele (pois preciso de concentração). E tem dado muito certo.