As Eleições 2018 estão chegando, e sem dúvida este será um dos momentos políticos mais importantes da história deste país.
O Facebook está ciente do seu papel crucial nesse processo como maior canal de consumo de informação da atualidade, e entrou de vez na guerra contra a desinformação que se instalou nos últimos anos, gerada por fake news, perfis maliciosos, discursos extremistas e demais comportamentos tóxicos, que muitas vezes a gente nem percebe que estão direcionando os debates.
Várias medidas estão sendo tomadas por parte da empresa, mas é importante que você conheça e participe de cada iniciativa, e também fique de olho em tudo que o curte, comenta e compartilha, já que no final das contas, o maior interessado nisso tudo é você.
O que o Facebook está fazendo para combater a desinformação
Desde o escândalo do caso Cambridge Analitica e todo o mal estar envolvendo as últimas eleições para presidente dos Estados Unidos, o Facebook vem tomando uma série de atitudes para minimizar os impactos causados pelo mal uso da ferramenta.
- Veja também: F8 2018: um elogio ao usuário?
Aqui no Brasil por exemplo, a rede social se aliou a grandes empresas de checagem de notícias, como a AFP, a Agência Lupa, e a Aosfatos, e também está realizando uma série de ações de conscientização junto às associações de jornalistas e veículos de imprensa.
Para entender todos os lados deste combate à desinformação na rede social, recomendo que você assista ao vídeo abaixo, produzido pelo próprio Facebook, que explica em detalhes como as ações estão sendo estruturadas:
Legendas em português disponíveis. Use a tradução automática do YouTube.Como você viu no vídeo, o Facebook mapeou e organizou tudo aquilo que gera desinformação em três grandes categorias:
- Maus indivíduos (perfis falsos, hackers, spammers, scammers, ofensores recorrentes, invasores estrangeiros);
- Maus comportamentos (polarização, spam, sensacionalismo, click bait, enganação);
- Maus conteúdos (notícias falsas, discursos de ódio, spam, violência explícita, links para “fazendas” de anúncios).
Uma vez identificado, o item prejudicial recebe uma “etiqueta de sinalização” que faz com que o algorítimo do feed de notícias do Facebook diminua drasticamente o alcance da publicação, protegendo assim os usuários da plataforma.
O Facebook faz questão de ressaltar que não remove conteúdos, já que não quer agir como censor. No entendimento da empresa, diminuir a exposição de um post nocivo a níveis mínimos já é suficiente para garantir a segurança da comunidade.
Se mesmo assim você ainda quiser ver aquele conteúdo duvidoso, em última instância a rede irá exibir conteúdos relacionados verificados pelas agências de checagem, permitindo que você tenha acesso à fontes mais confiáveis de informação.
Como você pode contribuir para diminuir a desinformação às vésperas das Eleições 2018
O Facebook parece estar fazendo sua parte como principal meio de informação da era digital, mas no fundo no fundo, toda rede é formada por pessoas, e é nas mãos delas que está o verdadeiro poder de transformação.
Por isso agora chegou a hora de você se prevenir e também ajudar seus amigos e familiares a ficarem longe das fake news, polarizações, sensacionalismos e discursos de ódio que, como já foi comprovado, podem sim influenciar uma eleição.
Baseado em tudo que eu já estudei sobre o impacto desses conteúdos maliciosos, montei um pequeno guia para te orientar de hoje até o dia das Eleições 2018. Acompanhe.
#1. Cuidado com “penduricalhos” que parecem inofensivos
Sabe aquelas etiquetas engraçadinhas que você coloca em cima da sua foto de perfil? Tipo; “BOLODEMILHO2018”? Então, tenho uma má notícia para você, especialmente se você não é eleitor do Bolsonaro.
A brincadeira usa exatamente a mesma identidade visual da campanha do pré-candidato, e acaba funcionando como neuromarketing para colocá-lo ainda mais na cabeça das pessoas.
E isso vale para qualquer linha política, e qualquer tipo de “penduricalho”. Muitas vezes o que você acha que vai “sacanear” o oponente, acaba contribuindo para deixá-lo mais popular.
#2. Não compartilhe nada sem verificar a fonte da informação
Essa prática é importante em qualquer momento, mas é absolutamente fundamental durante as eleições.
Hoje já existem diversos sites especializados em oferecer informações verdadeiras sobre os candidatos, então use e abuse dessas informações para verificar tudo que aparece no seu feed. Dá trabalho? Dá! Mas é melhor do que se arrepender depois.
Para te ajudar, segue uma lista de fontes confiáveis de informações sobre políticos:
- https://congressoemfoco.uol.com.br/
- https://www.jota.info/lavajota/
- https://aosfatos.org/noticias/checamos/verdadeiro/