Todo mundo está careca de saber que não dá pra confiar em “papo de vendedor” na hora de comprar seu próximo smartphone, e é por isso mesmo que nós elaboramos este guia completo, que vai te ensinar como escolher um celular com muita clareza, diminuindo os riscos de arrependimento.
Confira cada um dos itens que você tem deve observar durante suas pesquisas, e escolha o modelo ideal para as suas necessidades, sem pesar no seu bolso.
Quais são os tipos de tela?
O tamanho da tela de um celular pode ser importante para você, mas nada é mais importante do que a qualidade. Cada tecnologia de tela possui vantagens e desvantagens, além de variações de exibição:
- AMOLED (cores vibrantes, contraste superior, porém tem mais chances de apresentar burn-in);
- LTPS (a mais equilibrada – bom contraste, boa representação de cores, poucas chances de burn-in);
- IPS (contraste inferior à LTPS, cores satisfatórias, poucas chances de burn-in);
- TFT (a pior em quase todos os quesitos).
O publico geral costuma achar os painéis AMOLED melhores, por conta do contraste profundo e das cores vibrantes, mas isso não quer dizer que eles são SEMPRE melhores.
Para entender melhor essa questão, confira nosso outro artigo que explica as diferenças entre telas AMOLED e IPS.
Tela curva ou tela plana?
A Samsung criou a tendência da tela com bordas curvas em celulares lá na época do Galaxy S6 Edge (2015), e hoje outras fabricantes, como a Xiaomi e a Huawei, também oferecem modelos com esse tipo de painel.
É fato que esse detalhe de design deixa o dispositivo muito bonito, mas é importante você ter em mente as desvantagens que ele gera.
Dependendo do desenho do telefone, pode ser que a ergonomia seja prejudicada, deixando a “pegada” menos firme, o que aumenta o risco do aparelho escapar da mão e ter um triste encontro com o chão.
Outra coisa que pode incomodar algumas pessoas depois de algum tempo de uso, são as distorções cromáticas que aparecem nas bordas da tela. Samsung e companhia usam recursos de software para disfarçar as distorções, mas elas continuam lá.
Por fim, temos a dificuldade de encontrar películas de proteção para telas com bordas curvas. Quem já teve sabe a dor de cabeça que isso gera.
É rápido ou não é?
Entre os celulares Android, encontramos 3 marcas de processadores: os Exynos da Samsung, os Snapdragon da Qualcomm, e os Helio e Dimensity 5G da MediaTek.
Os Snapdragon possuem a seguinte hierarquia de potência:
- Snapdragon série 400 (430, 439, etc.): celulares básicos;
- Snapdragon série 600 (636, 660, etc.): celulares intermediários;
- Snapdragon série 700 (712, 730, etc.): celulares intermediários avançados – premium;
- Snapdragon série 800 (855, 865, etc): celulares topos de linha.
Os MediaTek estão organizados da seguinte maneira:
- Helio (P35, P70, etc.): celulares básicos;
- Helio G (G90T, G95): celulares intermediários com desempenho aprimorado para games;
- Dimensity 5G (700, 1000, etc.): celulares intermediários avançados com 5G – premium;
O site do Antutu Benchmark lança todo mês um ranking dos celulares Android mais rápidos do mundo, então, se isso é importante para você, consulte a lista atualizada sempre que desejar.
Nos iPhones a coisa é bem mais simples, já que é a própria Apple que fabrica os chips. Você só precisa entender as gerações:
- A10 Fusion – iPhone 7 e 7 Plus;
- A11 Bionic – iPhone X, 8 e 8 Plus;
- A12 Bionic – iPhone XR, XS e XS Max;
- A13 Bionic – iPhone 11, 11 Pro e 11 Pro Max;
- A14 Bionic – iPhone 12, 12 Mini, 12 Pro e 12 Pro Max.
32, 64, 128 ou 256 gigas?
O iOS 14 pode ocupar até 25 GB do armazenamento interno de um iPhone (esse valor depende do modelo), então é melhor ficar longe de modelos com 32 GB de armazenamento interno em 2021. 64 GB é o mínimo, e 128 GB é o recomendado para a maioria dos usuários.
A mesma recomendação é válida para celulares Android, mas como nesse caso os preços são mais acessíveis que os da Apple, dá até para comprar um de 256 GB (como o Moto G100), que vai te deixar mais tranquilo por alguns bons anos.
Traseira de vidro ou de plástico?
A traseira de vidro oferece como vantagens o visual mais premium, resistência à arranhões, melhor dissipação de calor e possibilidade de carregamento sem fio, mas tem a desvantagem de poder estilhaçar em uma queda.
Por outro lado, a traseira de plástico é muito resistente à quedas, mas arranha facilmente. Hoje em dia ela não fica muito atrás do vidro em termos de aparência, já que as fabricantes investiram muito na sofisticação do visual dessas peças plásticas, pelo menos nos smartphones intermediários.
Detalhes de design que importam
Se você puxar a bandejinha de chips do smartphone e perceber uma borrachinha em volta da tampa, isso já é um bom sinal de que a fabricante se preocupou com a vedação do aparelho contra líquidos, mesmo que ele não tenha certificação IP68.
Outro detalhe importante que pouca gente atenta é a posição da entrada para fones de ouvido. Alguns aparelhos trazem essa entrada no topo, o que não é correto em termos de ergonomia, e ainda aumenta as chances de deterioração do cabo.
O certo é a entrada para fones estar na parte de baixo do dispositivo, pois quando você colocar o celular no bolso com um fone conectado (naturalmente de “cabeça para baixo”), o plugue vai ficar para cima.
Câmera dupla, tripla, quádrupla…
Vamos combinar: qualidade é mais importante do que quantidade. um bom exemplo é a câmera dupla do iPhone 11, que consegue resultados muito superiores aos de diversos Androids com câmera quádrupla.
Então, não se importe com o número de lentes, e sim com o nível de sensibilidade de cada um dos sensores. Atualmente os sensores da Sony são os melhores do mercado, tanto que estão presentes nos tops da Xiaomi, Huawei, e claro, da Apple.
É claro que, se você precisa de uma lente de ângulo aberto (ultrawide), macro, ou mesmo de zoom, é importante conferir se o modelo que você namora possui o recurso.
Para tirar suas dúvidas sobre lentes e recursos que encontramos nas câmeras dos smartphones, elaboramos um esse guia completo sobre câmeras de celular. Confere lá!
De olho na conectividade
Nem todo smartphone conta com todos os recursos de conectividade disponíveis no mercado, como é o caso do NFC, que permite, entre outras coisas, o pagamento de despesas por aproximação do dispositivo.
Além disso, pode ser que o modelo que você está namorando não possua o recurso de OTG no conector USB, impedindo que você use pen drives, teclados e outros periféricos no aparelho.
É importante verificar também se o modelo que você pretende comprar tem suporte ao 4G+ (ou 4.5G), que possui velocidade e confiabilidade melhores que a do 4G “normal”. Geralmente os modelos abaixo dos R$ 800 só ficam no 4G mesmo.
No caso de modelos importados, não esqueça de verificar se há suporte para todas as bandas de redes 4G disponíveis no Brasil.
E finalmente, nem precisa se preocupar com 5G. Afinal, a tecnologia só deve chegar “de verdade” por aqui em 2023.
Nem todos os modelos recebem atualizações
Esse é um dos principais problemas dos celulares Android, e praticamente não existe no universo Apple, já que mesmo os iPhones mais antigos continuam recebendo atualizações do iOS.
Entre os smartphones Android, os que mais sofrem são os modelos mais baratos, que raramente recebem uma grande atualização de sistema, porém, os mais caros não estão livres disso.
Recentemente a Samsung se comprometeu publicamente a atualizar todos os seus smartphones por 4 anos, enquanto a Motorola foi no caminho inverso, diminuindo suas atualizações garantidas para apenas 1 nova versão do Android.
Seus parentes e amigos vivem te pedindo sugestões de compra? Acabe com isso! Compartilhe esse guia com eles, que rapidinho eles irão aprender como escolher um celular sozinhos.