Ah o Master System Super Compact… Aquela versão “portátil” do famoso console de 8 bits da SEGA que não viveu quase nada, mas ficou no coração de muitos gamers.
Um videogame que tentou ser híbrido muito antes do Nintendo Switch, e aterrorizou as TVs da vizinhança com a interferência que sua antena provocava.
Uma preciosidade incompreendida, que nós vamos relembrar agora neste post.
A Nintendo é uma fabricante de videogames que sempre tenta inovar, repensando o design de seus consoles e quebrando paradigmas desde o N64. Mas foi a brasileira TecToy, em parceria com a SEGA, que de fato fez a primeira tentativa de emplacar um console que era de mesa e portátil ao mesmo tempo.
Assim começa a história do Master System Super Compact.
Master System Super Compact: o que era?
Com um design questionável e funcionalidade inovadora, o Master System Super Compact foi um console de videogame fabricado e distribuído pela TecToy, que chegou ao mercado brasileiro em 1994, tendo seu lançamento acompanhado por este “simpático” comercial, com destaque para o preço de 169.900 cruzeiros:
Sua maior vantagem era poder ser jogado completamente sem fios, através de uma antena RF que enviava as imagens para a TV. Era só escolher entre o canal (2 ou 3) e partir pro abraço! Assim você podia jogar Sonic sem ninguém derrubar seu console.
As desvantagens ficavam por conta das interferências que sua antena podia receber ou causar, e por seu design desengonçado. A potência do sinal era tão forte, que dava para você assistir o gameplay do seu vizinho na sua TV, muito antes do YouTube existir!
E como o controle ficava embutido no próprio console, ele não podia ser muito chacoalhado, pois corria o risco de “dar tilt”, e ainda tinha ergonomia complicada para horas de jogatina (especialmente para mãos pequenas).
Ele existiu em 4 modelos, com pequenas variações de cor e embalagem, de acordo com os games que o acompanhavam:
- Sonic The Hedgehog;
- Alex Kidd in Miracle World;
- Super Futebol II – Edição especial para a Copa do Mundo de 1994;
- Mônica – Edição na cor rosa voltada para as meninas (desculpe, a mentalidade da época era assim).
Mais Detalhes
Apesar de ser um modelo um tanto estranho, com aquela antena sobressaindo no canto superior direito, o console tinha lá seu charme.
Usando 4 pilhas AA, você podia levá-lo facilmente para a casa de um amigo na sua mochila, e bastava sintonizar o aparelho na TV dele para começar a jogar. Ah, e ainda dava para “jogar de dois” conectando mais um controle nele.
E obviamente também era possível utilizá-lo como console “normal”, conectando uma fonte de alimentação na tomada e um cabo RCA padrão na televisão.
Eu pessoalmente tenho um carinho muito especial por esse pequenino, pois ele foi o meu primeiro videogame. Acredite, horas e horas de Alex Kidd foram gastas com esse console.
Outras Curiosidades do Master System
Sobre o console de entrada da Sega, podemos destacar algumas curiosidades:
- Ainda em 2015, o console chegava a vender cerca de 150 mil unidades ao ano, devido à quantidade de jogos e baixo custo dos consoles comemorativos (com mais de 100 jogos na memória), ainda fabricados pela TecToy.
- Os 5 jogos mais vendidos no console no Brasil (de acordo com um comunicado de 2009 da TecToy) foram: Castle of Illusion, California Games, Double Dragon, Great Soccer e Mortal Kombat II.
- Originalmente o mascote da Sega era o garoto cabeçudo Alex Kidd, mas com o mega sucesso do ouriço azul mais veloz dos games, Sonic acabou sendo o escolhido como mascote oficial da empresa nos anos subsequentes.
- O Master System possuiu vários acessórios interessantes, como a pistola Light Phaser para games de tiro, os óculos 3D Sega Scope e os controles Control Stick (para jogos de corrida), Handle Controller (para jogos de nave) e o Sports Pad (para games de esporte), cada um com um design mais esquisito que o outro.