10 coisas que a geração smartphone não vai experimentar

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A geração smartphone jamais entenderá, mas quem acompanhou os primórdios da informática (alguém ainda usa essa palavra?) e os primeiros passos da Internet nos anos 90, viveu uma era cheia de coisas que não fazem o menor sentido hoje em dia, mas que, de alguma forma, deixaram saudades.

Em comemoração aos 10 anos do iPhone (o smartphone que mudou tudo), decidimos “voltar a fita” e relembrar como era a vida antes de existirem esses aparelhinhos que já se tornaram uma extensão de nossos corpos.

E se você não viveu essa época, certamente vai se assustar com as dificuldades que nós (pessoas com mais de 30 anos) passávamos para conseguir realizar tarefas simples, como acessar a Internet ou ouvir uma música.

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1. Disquetes

Para quem não conheceu, os disquetes serviam para salvar dados da CPU. Isso porque os computadores dos anos 90 tinham uma memória muito reduzida apesar de seu tamanho grande.

Os disquetes serviam também para transportar dados de um computador para outro, já que a web da época ainda era precária, limitada ou até mesmo rara!

Mas, quando tinha vírus no bendito do disquete era uma contaminação geral!

Em pouco tempo os disquetes foram sendo substituídos por CDs e pendrives com capacidades de armazenamento muito superiores, até caírem em desuso.

2. Discador de provedor

Talvez essa seja a lembrança que mais mexe com as emoções de quem viveu a era da internet discada, entre o final dos anos 90 e início do novo milênio.

O barulhinho do modem! Impossível esquecer!

Era um verdadeiro ritual aguardar o horário telefônico mais barato, que ia da meia-noite às 6h da manhã durante a semana, nos sábados após as 2h da tarde, e finalmente, o domingo todo!

Mas, vez ou outra, era necessário gritar em casa “Tô na internet!” para que ninguém tirasse o telefone do gancho e a conexão fosse perdida.

Logo chegaram os discadores (o mais conhecido era o iG), mas as mudanças eram pequenas e o telefone da família continuava ocupado e a conexão vivia caindo!

3. Usar um monte de buscadores

Finalmente, depois de conectado, para onde os internautas iam? Se você respondeu “Para a página do Google!?” errou!

O Google ainda era apenas mais uma opção de busca.

Nessa época o buscador mais utilizado era o Cadê?, que concorria diretamente com o Yahoo!.

Mas como o Yahoo! oferecia alguns resultados em inglês, o “Cadê?” passou a ter a preferência dos internautas.

 

Anos mais tarde, o “Cadê?” foi comprado pelo Yahoo!

4. Baixar MP3

Outra coisa que fez muito sucesso na era da internet discada foram os softwares de download e compartilhamento, onde os usuários podiam baixar ou compartilhar arquivos, em sua maioria músicas em MP3.

Infelizmente a velocidade de conexão ainda era muito lenta, e levava-se a noite inteira para baixar um único álbum do seu artista favorito, que aliás era ouvido repetidas vezes, para fazer valer a pena!

E para reproduzir essas músicas, o reprodutor mais popular da época era o saudoso WinAmp.

Entre os softwares softwares de download e compartilhamento mais utilizados no Brasil e no mundo estavam os populares Kazaa e eMule, além é claro, do famigerado Napster.

5. Gravar um monte de CDs

Depois que os disquetes morreram, gravar CDs era quase que uma tarefa diária no início dos anos 2000.

O povo gravava programas, fazia backups, montava coletâneas com os melhores hits do momento, pirateava uns filmezinhos com qualidade precária e claro, usava para rodar aqueles jogos 3D “bunitos” no DOS.

A popularidade destes disquinhos era tão grande em meados dos anos 2000, que muita gente andava por aí com um belo porta CD entupido de mídias na mochila.

Só teve um “pequeno” problema: como a durabilidade destes discos nunca foi boa, muita gente viu tudo isso se perder com o tempo, em pilhas e mais pilhas de CDs estragados.

6. Animações e joguinhos em Flash

Outra coisa que era muito pesquisada no “Cadê?” na época eram os jogos online gratuitos, e quase sempre, as buscas levavam para os mesmos sites.

Entre os mais conhecidos e acessados estavam o iGuinho e o Fliperama, que garantiam horas de diversão para a galera com seus joguinhos em Flash.

Vale lembrar também das animações e personagens dos irmãos Piologo à frente do site Mundo Canibal, que divertiram e fizeram muito sucesso. Um tempo depois eles estreavam no Canal Multishow.

7. O celular da Xuxa

E do celular Oi da Xuxa? Você se lembra?

Era o modelo A40 da Siemens.

E tinha também o Oi da MTV, também conhecido como Motorola T190.

Essas embalagens são verdadeiros marcos de uma época! Fonte: Mercado Livre

8. Montar seu próprio PC em casa

Os nerds dos anos 90-2000 tinham uma “obrigação cívica”: montar seu próprio PC (e muitas vezes os dos familiares também!).

Obviamente, eles se sentiam verdadeiros mestres da computação, e muitos deles cresceram e se tornaram “os caras da TI”.

9. Bater papo no ICQ ou MSN

O ICQ foi lançado em 1996 e, pouco menos de um ano depois já contava com mais de 1 milhão de usuários. Isso na época era um número grandioso.

Lembra deste somzinho?

Com o sucesso nos anos seguintes o ICQ tornou-se na virada do milênio o programa mais utilizado no mundo para mensagens instantâneas, mas esse domínio não duraria muito, já que o MSN Messenger chegou pouco tempo depois (2003), com um monte de recursos legais.

Mas ICQ e o MSN só serviam para conversas entre pessoas que já se conheciam, e quem queria conhecer gente nova e paquerar ia mesmo para as salas de bate-papo do Terra e do UOL (que aliás ainda existe, e muita gente usa!).

Quem um dia já frequentou estas salas virtuais sabe bem a sensação que a pergunta Oi, quer tc?” provocava.

10. Fazer (e receber) depoimentos no Orkut

O Orkut foi lançado em 2004 e sinalizou uma mudança nas relações sociais através da Internet.

Em seu início, ele era uma espécie de área VIP onde somente convidados poderiam criar seus perfis, mas logo virou mania no Brasil (e somente no Brasil!).

As pessoas passavam o dia inteiro bisbilhotando a vida das outras, e muitas empresas tiveram que bloquear o acesso à página para evitar queda na produtividade.

As comunidades do Orkut eram uma das coisas mais legais do site, e serviam para definir a sua personalidade, com nomes como: “pareço metida mas sou legal”, “queria sorvete, mas era feijão” e “Deus me disse: desce e arrasa”.

Além disso, rolaram muitas “bolas fora” na rede até as pessoas entendessem que não era qualquer depoimento que caia bem para um amigo ou amiga.

Alguns detalhes do Orkut a geração smartphone iria adorar ostentar, como por exemplo; o sabor de vitória dos que conseguiam lotar um perfil de amigos (só os famosinhos) e tinham que criar um novo para continuar adicionando.

É muito bom relembrar dessas velharias, não é mesmo?

Será que esquecemos de alguma lembrança bacana?

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Susane de Godoi

Sou publicitária, pedagoga e produtora de conteúdo, e aqui no Mobizoo encontrei meu cantinho na web para descomplicar a tecnologia através de guias simples e práticos, e também para falar sobre comportamento digital e seus impactos.

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