Neste review você vai conhecer todos os detalhes do jogo brasileiro Sonho de Jequi, grande campeão da Imagine Cup 2016 – projeto da Microsoft que incentiva o empreendedorismo entre estudantes de todo o mundo.
O game mostra a a realidade dura do “Vale da Miséria”, e a imersão nesse universo virtual pode chocar tanto quanto o mundo real.
Sua triste realidade
Jequi e seu irmão Joel ficam tristes ao saber pela mãe, Jandira, que não haveria almoço naquele dia porque não teria água para cozinhar. Os personagens estão dentro do jogo, mas, infelizmente, estão também na vida real.
No Norte de Minas Gerais, temos o Vale do Jequitinhonha. Classificada pela ONU, em 1974, como “O Vale da Miséria”. Quase 43 anos depois a situação é a mesma. Animais morrendo por falta d’água, desemprego e miséria, infelizmente, ainda são o cotidiano dos moradores da região. Se você estiver na duvida se esse lugar existe mesmo, colocamos um link aqui.
Dias de luta, Dias de glória
Foram três dias de trabalho duro, mas a recompensa veio: o Sonho de Jequi arrebentou com todos os 1600 concorrentes da fase nacional da Imagine Cup 2016, e fez um enorme barulho no mercado (nacional e internacional).
Nunca ouvi falar da Imagine Cup? Não se preocupe, te damos um colinha! A Imagine Cup é um evento anual de tecnologia e inovação feita pela Microsoft, com o intuito de promover a criatividade de estudantes para ganhar grandes prêmios!
Ficou interessado? Você pode se inscrever aqui para o evento desde ano (ainda não estão abertas, mas já pode usar um CTRL + D para deixar salvo).
Com a vitória do título em terras brazucas, veio a classificação para a etapa mundial da competição em Seattle, Estados Unidos. E nessa etapa o jogo brasileiro disputou com outras 34 equipes e conseguiu a façanha de ficar em 3º lugar! Ganhando nada mais e nada menos que US$ 5.000 Trumps.
Entreter e ajudar
O game traz um gameplay bem parecido com Super Mario Run que já vimos por aqui. E seu objetivo é coletar as gotas d’água pelo Vale de Jequitinhonha e trazer de volta para a sua mãe.
Você controla dois personagens ao mesmo tempo. Temos o Calango, animal típico da região que acompanha Jequi em sua aventura para coletar água.
Os sons, músicas e arte foram baseados na cultura da região, tornando o game único e extremamente bonito. Detalhe: tudo foi pintado pelos integrantes da equipe em aquarela!
Os belíssimos sons foram desenvolvidos pelo Rubinho do Vale, musico da região, exaltando ainda mais a cultura local.
Cada vez que o jogador morre termina a fase, temos a opção de fazer uma doação para a ONG Cáritas Diocesana – Araçuaí no valor de US$ 0.99 Trumps (aproximadamente R$ 3 Temers).
Gameplay e… Calanguinho!
Jogar o Sonho de Jequi pode ser um pouco complicado para jogadores casuais, já que você controla o Calanguinho e Jequi ao mesmo tempo.
Do lado esquerdo da tela temos o botão para fazer Calanguinho pular, e na direita o botão para fazer Jequi pular. No inicio pode ser estranho o modo de jogo, mas nada como algumas jogadas para se acostumar.
Diferentemente do nosso menino, Calanguinho só morre ao cair, sendo imune aos obstáculos do mapa. Enquanto Calanguinho não cair, os pontos são em dobro!
O cenário vai ganhando vida conforme o jogador vai avançando, e em algumas partes do mapa é possível voar. Isso mesmo, voar.
Este power up permite que você voe até o outro lado do mapa em momentos onde não houver chão (quando aparecer, pegue! Você não vai querer cair no limbo…), e outros power ups comuns em Runners serão implementados em atualizações futuras.
Afinal, vale a pena jogar o Sonho de Jequi?
Na minha opinião, nós gamers brasileiros precisamos sempre prestigiar os títulos criados por aqui, e ainda mais pérolas como o Sonho de Jequi, que além de ser extremamente divertido, conta com uma arte de cair o queixo, e é totalmente gratuito (para Android e iOS).
E o mais legal: se você tiver R$ 3 sobrando, ainda pode ajudar a comunidade do Vale do Jequitinhonha.