Durante a última conferência anual de desenvolvedores e parceiros da Google, a I/O 2017, foi revelado o Android Go, novo sistema desenvolvido com o objetivo de facilitar a vida dos fabricantes de telefones mais baratos em mercados emergentes como Índia, Brasil e Indonésia.
A novidade consiste numa versão mais leve do sistema Android 8, otimizada para dispositivos com 1 GB ou menos de memória RAM.
Em suma, a Google irá fazer a versão mais recente do Android funcionar em telefones com especificações menores. Isso significa que a empresa vai cortar alguns dos processos que mais exigem do processador, além de animações e consumo de dados.
Na verdade a otimização vai bem além do desempenho do smartphone, e foca também na quantidade de dados usados e na conectividade intermitente (que é aquele maldito “dados em segundo plano”) – aspectos que provaram ser os maiores desafios enfrentados em mercados emergentes.
Desta maneira, oferecer gerenciamento de dados mais “esperto” acaba sendo uma das grandes metas do novo sistema.
Os “melhoramentos” ainda melhores do Android Go
A big G está empenhada em ajudar os usuários menos afortunados e, pensando nisso, criou uma API para que as operadoras possam interagir com o sistema e assim, garantir que seu telefone não esteja consumindo mais que deveria dos seus dados pré-pagos.
Os aplicativos da Google também vão ficar mais espertos, começando pela loja de aplicativos, a Google Play. Quando seu aparelho for compatível e você abrir a loja, automaticamente será apresentado a uma seção especial contendo os apps otimizados para o seu aparelho.
O Google Chrome também ficará mais gentil no consumo de dados, que terá o modo “economizador de dados” ativo desde o começo de seu uso. Ele também vai mostrar quantos MB foram economizados usando essa versão otimizada do Chrome.
Por fim, a Google apresentou o YouTube Go, que dá aos usuários uma prévia dos vídeos antes que tudo seja baixado, e consequentemente usando menos dados. Ele também terá capacidade de salvar vídeos enquanto você está conectado em uma rede Wi-Fi, para que possa assisti-los depois, quando estiver offline ou com uma rede de dados limitada.
Faz sentido?
Não é a primeira vez que a Google tenta emplacar um projeto voltado para os dispositivos mais baratos (lembra do Android One?), mas talvez dessa vez a empresa tenha maior conhecimento das necessidades locais de cada mercado.
Resta saber se a iniciativa faz sentido, tendo em vista que as versões mais recentes do Android estão cada vez mais amigáveis aos aparelhos mais humildes.
Você apostaria no sucesso do Android Go? Ou acha que é mais um hobby bem-intencionado da gigante californiana? Deixe suas opiniões aí nos comentários!