Há quase dez anos chegava ao mercado o saudoso Nokia N95, o último e melhor celular a ser lançado antes do salto tecnológico provocado pelo iPhone, que definiu os smartphones como conhecemos hoje.
Neste post vamos rever os melhores momentos deste dispositivo que é um verdadeiro ícone da época em que os celulares mais avançados possuíam dezenas de botões físicos, praticamente um para cada função.
- Veja também: O que fazer com um celular Windows Phone?
A Nokia, empresa fundada na Finlândia em 1865, foi líder na área de telecomunicações apenas um século após sua fundação, porém deixou sua marca na história do mercado mobile, antes da Microsoft comprar sua divisão de celulares em 2013.
Com criações que foram de celulares bem simples (e resistentes) até os sofisticados dispositivos de sua série N, a Nokia fez do N95 um verdadeiro divisor de águas da tecnologia móvel. Ele trazia inovações que nenhum outro aparelho da categoria havia apresentado até então.
Nokia N95: o auge de uma marca
Da Nokia, o que mais lembramos talvez seja o “Jogo da Cobrinha” e os toques e campainhas típicos da marca. Porém, a empresa teve um longo caminho de desenvolvimento, sempre ousando muito no design e nos recursos de seus aparelhos. O ápice dessa evolução foi o Nokia N95.
Usando o sistema operacional Symbian OS 9.2, o aparelho era um computador multimídia completo, com uma lista de funcionalidades nunca vista antes em um dispositivo de bolso.
Com o sistema era possível navegar na Internet, editar textos e planilhas, copiar/mover/transferir arquivos, tocar diversos tipos de mídia, jogar e instalar aplicativos – apesar de na época ainda existirem pouquíssimos.
O N95 foi reconhecido durante meses como o melhor smartphone (sim, o termo já existia) do mercado, e com ele parecia que o futuro realmente havia chegado.
Do seu lançamento em março de 2007 até seus últimos dias, o Nokia N95 contabilizou mais de 7 milhões de aparelhos vendidos no mundo inteiro – na época essa marca era recorde.
Um computador no seu bolso
Ao ser lançado poucos meses antes do iPhone, o N95 apresentava os recursos de multimídia mais avançados da época. Tendo o foco na produtividade, ele trazia além do GPS, suporte para WiFi e 3G, itens que o primeiro iPhone não apresentava.
E além de MP3 Player, o Nokia N95 tinha câmera de 5 MP com lente Carl Zeiss, e tela de 2,6 polegadas com resolução de 320×240, capaz de exibir 16 milhões de cores.
O dispositivo era capaz ainda de fazer streaming de vídeo utilizando sua câmera secundária frontal e gravar vídeos em 640×480 pixels e 30 fps com sua câmera traseira. E ele podia ser ligado à TV através de uma saída de vídeo.
Para tudo isso, vinha acompanhado de um cabo de conexão para TV, outro para conexão ao computador, dos fones de ouvido estéreo com controle remoto, cabo carregador e um CD com o software.
Detalhe: sua entrada para cartão micro SD era Hot Swap — troca de cartão com o aparelho ligado — hoje em dia nenhum smartphone permite isso!.
O N95 tinha um navegador GPS com seu próprio sistema de navegação independente de internet, e tinha também comando de voz.
Houve também uma segunda edição do N95, que ostentava uma tela maior, de 2,8 polegadas e 8GB de armazenamento interno, para que o usuário pudesse aproveitar ao máximo os recursos de mídia.
Seu mecanismo de deslizamento que servia para acessar o teclado numérico e os controles multimídia foi copiado por muitos concorrentes. Originalmente, foi lançado na cor prata e mais tarde preto, porém, teve edições especiais nas cores ouro e púrpura.
O N95 tinha, decididamente, muitos poucos concorrentes, ultrapassando até mesmo o cobiçado BlackBerry Curve 8300. Nada chegava perto deste dispositivo em termos de funcionalidade.
Especificações do Nokia N95:
- Java MIDP 2.0, Symbian OS 9.2, S60 rel. 3.1;
- Display TFT de 2.8″ com 16 milhões de cores e 352 x 416 pixels;
- Câmera fotográfica de 5 Megapixels, lente Carl Zeiss de 2592 x 1944 pixels e zoom digital de 20x, distância focal de 5.6mm e velocidade de captura de 1/1000~1/4s;
- Flash embutido para fotos no escuro (1 Led);
- Câmera secundária para chamada de vídeo (CIF 320×240);
- Vídeo VGA (640×480, 30 fps);
- GPS integrado para navegação independente de conexão Internet;
- Music Player nos formatos MP3/AAC/AAC+/eAAC+/WMA/M4A;
- Gravador de Voz;
- Comando de Voz;
- Interface Wireless 54Mbps (802.11 b/g) B/G, tecnologia UPnP;
- Interfaces Bluetooth v2.0;
- Memória de 160 MB; Slot para cartão de memória tipo MicroSD/MicoSDHC até 32GB;
- Rádio FM Stereo;
- USB 2.0 via Mini USB;
- Saída para TV, stereo;
- Tecnologia 3G Terceira Geração;
- 3D Acelerador Gráfico HW;
- Bateria BL-5F Li-Ion 950 mAh 3.7V.
Ficou na história
A N Séries da Nokia começou a perder seu trono quando Steve Jobs provou que a interface da tecnologia touchscreen poderia ser bem mais simples e ter mais rapidez em suas atualizações usando outros sistemas operacionais. E foi assim que o Nokia N95 ficou na saudade… mas não, sem antes ser lembrado como um precursor dos smartphones atuais.
Gostaram da nostalgia? Comente, compartilhe!
Até logo!