Você já deve ter ouvido falar de Android One e Android Go em algum veículo especializado, mas provavelmente achou um pouco turva a linha que separa os dois projetos do Google para otimizar o Android em dispositivos mais simples.
Neste artigo você vai conhecer os detalhes de cada um dos dois projetos, e entender as principais diferenças entre eles.
Android One: o começo
Durante o evento Google IO de 2014, Sundar Pichai anunciava o Programa Android One. A proposta era ambiciosa: alavancar o sistema e levá-lo ao próximo bilhão de usuários. Para isso, os celulares deveriam ser baratos, com sistema puro, com um design que o Google escolhesse e algumas opções de processador.
Nesta primeira fase, a Google firmou parcerias com empresas indianas Micromax, Karbonn e Spice Mobile. Eram celulares dual-chip, com bateria removível e, o mais importante, custando menos de 100 dólares.
A empresa tinha planos de lançar celulares sob a bandeira do Android One em países emergentes. Mas, aqui no Brasil não vimos nenhum lançamento entre celulares de entrada.
Android One: mudanças
Com o passar dos anos, pudemos ver que os lançamentos foram ficando cada vez mais sofisticados, até que em 2017, o programa chegou no terreno dos intermediários premium. Lançamentos da Xiaomi (Mi A1), Motorola (Moto X4) e HTC (U11 Life) mostraram que o Google já havia descaracterizado o programa por completo.
A cada lançamento, vemos smartphones mais interessantes sendo acrescentados ao grupo. Rumores apontam que a Nokia vai lançar um smartphone com Android One, desta vez com o melhor processador intermediário da Qualcomm, o Snapdragon 660, o que o poria como a melhor opção do programa.
Pessoalmente, fiquei bastante animado com essa guinada do programa Android One. Como órfão da linha Nexus, vejo que esses smartphones são os sucessores espirituais dos Nexus 5x e 6P. Apesar de as atualizações não serem tão rápidas quanto na linha Pixel, ainda ganha de quase todas as fabricantes e temos a garantia de 2 anos de atualizações grandes no futuro.
Mas, se o Android One “subiu de andar”, o que houve com os celulares de entrada?
Android Go: um novo rumo
No evento de lançamento do Android Oreo, o Google mostrou ao mundo sua nova iniciativa para os celulares de entrada: o Android Go. Dessa vez, as intenções eram menos ambiciosas, eles não falaram mais em atingir o próximo bilhão de usuários. Agora, apenas querem otimizar o sistema para celulares mais simples.
Mas, ao invés de limitar o programa a um determinado hardware e design, agora ela vai otimizar o software para consumir menos espaço de armazenamento, menos memória RAM e consumir menos dados móveis.
Mais do que isso, os aplicativos também receberam mais simples, como o Youtube Go. Por enquanto, versões Go dos aplicativos: Chrome, Files, Gmail, Maps, a Assistente e até a Play Store foram confirmados.
Ou seja, para ser compatível com o programa, o celular deve conter 512 Mb ou 1 Gb de RAM, a Qualcomm e a Mediatek já confirmaram que aderirão ao programa. E, a própria Google já confirmou que dispositivos com Android Go serão anunciados na MWC 2018.
Android One e Android Go: a perspectiva
O Android One com o tempo foi evoluindo para o campo dos intermediários, lançando celulares cada vez mais interessantes para os fãs do Android puro. Como cada vez mais fabricantes estão aderindo, quem ganha somos nós, usuários que agora temos a opção de comprar o celular com Android puro ou com o software próprio da fabricante.
Com relação ao Android Go, parece que desta vez o Google levou mais a sério a otimização do Android para smartphones mais simples. O sucesso só depende de as fabricantes lançarem dispositivos! E você, ficou animado com os programas da Google?