O Cubot X18 é um smartphone chinês de baixo custo com design inspirado no Galaxy S8 que traz, além da famosa “tela infinita”, um bom conjunto de recursos e especificações acima da média.
Custando em torno de R$ 350, o aparelho consegue oferecer 3 GB de RAM e 32 GB de armazenamento, além de leitor de impressão digital e câmera de 16 MP.
Mas será que ele entrega uma boa experiência de uso? Bom, eu passei algumas semanas com o modelo, e a seguir você irá conferir todas as minhas impressões.
Cubot X18: preço e disponibilidade
Como estamos falando de um celular importado, temos que adicionar os R$ 200 extras (em média) pela tributação da alfândega ao preço do aparelho, chegando ao valor final na casa dos R$ 550.
Com esse dinheiro, é possível comprar no Brasil smartphones bem mais simples, como o Moto E4 e o Galaxy J2 Prime.
Assim como o concorrente da Motorola, o Cubot X18 vem equipado com o chipset Mediatek MT6737, porém traz a versão mais rápida (MT6737T) com 1.5 GHz de velocidade nos 4 núcleos do processador, enquanto no Moto E4 temos 1.3 GHz.
Além disso, o modelo chinês tem mais RAM (3 GB) e armazenamento interno (32 GB) que os modelos nacionais, e ainda conta com tela de proporção 18:9, algo que não se vê por aqui nessa faixa de preço.
Irei detalhar cada aspecto do modelo mais adiante, mas se você está com pressa, pode checar rapidamente a lista de prós e contras:
Cubot X18: prós e contras
Prós:
- Tela 18:9 de boa qualidade;
- Bonito e confortável de usar;
- Android limpo e sem bloatwares;
- Desempenho acima de sua faixa de preço;
- Leitor de impressão digital muito veloz;
- A câmera frontal tira boas selfies e ainda tem flash;
- Vem com capa e película.
Contras:
- A câmera traseira captura imagens com cores bastante alteradas;
- A duração da bateria poderia ser melhor.
Cubot X18: unboxing e primeiras impressões
Cubot X18: design
Antes de falar do design deste modelo, quero fazer uma rápida observação sobre as imagens de divulgação que circulam na Internet.
Muitas lojas mostram este modelo sem bordas laterais em torno da tela, dando a entender que seu painel é curvo nos cantos, como no Galaxy S8, mas isso não é o que se vê na realidade.
Como é possível ver na foto que tirei com o celular em mãos, a largura da tela termina bem antes das bordas, deixando uma margem de aproximadamente 3 mm até as curvas do vidro 2.5D.
Dito isso, é importante destacar também que a construção do Cubot X18 é bem mais simples que a do modelo que o inspirou, contando com estrutura interna e traseira em plástico que lembram os tempos áureos do Galaxy S3.
A lustrosa traseira é removível, dando acesso à bateria e aos chips, e possui curvatura que oferece ótimo encaixe nas mãos.
Apesar de ser um smartphone grande (com dimensões bem próximas às do Galaxy S8 Plus), o Cubot X18 é bem leve e fino para o seu tamanho, garantindo uma ótima pegada.
A câmera traseira é um pouquinho saltada, mas a capa de silicone que acompanha o modelo neutraliza o volume extra.
E como se trata de um equipamento mais acessível, não há USB Tipo C e nem som estéreo por aqui (apesar da “grelha” dupla na parte inferior).
Cubot X18: tela
O Cubot X18 possui display IPS HD de 5.7 polegadas com proporção ultra wide 18:9 que é ótimo para visualização de conteúdo – especialmente quando você precisa usar 2 apps dividindo a tela –, mas ele não pode ser chamado de “infinito”.
Como eu frisei anteriormente, há margens em torno da tela como no LG G6, e as quinas do painel não são curvas como algumas imagens dão a entender.
Em termos de qualidade a tela agrada exibindo cores vivas e bom contraste, além de ótima visibilidade sob o sol, mas o sensor de luminosidade poderia ser mais esperto na hora de ajustar o brilho em ambientes mais escuros (às vezes ele fica forte demais).
A definição é satisfatória mesmo com a baixa resolução adotada no enorme painel (HD), e os ângulos de visão são bem bacanas para um dispositivo nesta faixa de preço.
Cubot X18: câmeras
O conjunto fotográfico do Cubot X18 é a melhor prova de que ter bons números não significa nada.
Apesar de trazer um sensor Sony de 16 MP e f/2.0 de abertura na traseira, o aparelho foi decepcionante nas capturas, apresentando um show de aberrações cromáticas, ruídos e distorções.
Além disso, o foco da câmera principal é lento (especialmente no modo HDR), exigindo que você segure bem firme e espere alguns segundos até que a imagem seja efetivamente capturada.
Em ambientes iluminados a definição é boa, mas a representação de cores é simplesmente terrível. Veja:
Os tijolos do Parque da Ruínas são bem mais avermelhados do que o que se pode ver nas capturas, o céu é mais azul e o verde é mais verde. É como se o sensor estivesse alterando a matiz de cores da cena.
É possível remediar esse problema usando filtros do Instagram ou aplicativos de edição como o Snapseed, mas é inegável a frustração que ele causa.
Estranhamente, a mesma câmera se sai bem melhor em fotos macro, capturando objetos próximos com muita definição e cores realistas. Vai entender!
Em ambientes internos ou menos iluminados as fotos são satisfatórias, mas como era de se esperar numa câmera desta categoria, há bastante ruído e luzes “estouradas”.
Na câmera frontal não há o mesmo problema de cores alteradas (aqui o sensor é um Samsung de 13 MP), e eu fiquei satisfeito com as selfies que obtive, tanto em boas condições de luz, quanto e ambientes mais escuros, usando o flash frontal do aparelho.
Caso queira visualizar as fotos em tamanho grande, baixe este arquivo zip.
Cubot X18: desempenho
Graças aos 3 GB de RAM e chipset mais atualizado, o Cubot X18 deixa os concorrentes comendo poeira quando o assunto é velocidade no carregamento de aplicativos e multitarefa.
Tanto que é possível utilizar dois apps ao mesmo tempo no dispositivo com a tela dividida sem notar nenhum engasgo. E olha, o painel 18:9 é perfeito para isso!
Essa superioridade do modelo também pode ser conferida no teste de benchmark Antutu. Veja:
A Cubot utiliza o Android 7 Nougat em seu estado puro, com apenas alguns recursos extras inseridos no sistema para facilitar a vida do usuário. Entre eles está a opção de ajustar os aplicativos para ocupar a tela toda ou mantê-los com seu tamanho nativo (e isso inclui jogos).
Falando nisso, os jogos que eu testei rodaram sem problemas no aparelho – configurados em qualidade média de gráficos, claro – e você pode conferir os resultados no vídeo abaixo:
Cubot X18: bateria
Sem dúvida nenhuma a minha maior decepção com o Cubot X18 foi a bateria.
Apesar dos 3200 mAh de capacidade, o modelo raramente chegou ao final de um dia com mais que 10% de carga, e isso mesmo com uso moderado.
Com uso mais intenso é bem difícil alcançar um dia inteiro longe da tomada, mas felizmente há o recurso DuraSpeed, que economiza energia quando acionado, liberando processamento somente para o app ativo, e restringindo o funcionamento de apps em segundo plano.
Cubot X18: som
O X18 não vem com fones de ouvido inclusos na caixa (apesar de vir com outros acessórios), e por isso tive que avaliar sua qualidade sonora com fones que eu tenho para teste, no caso os Piston Basic da Xiaomi.
A experiência foi bastante positiva quanto aos níveis de volume, graves e agudos, e o aparelho não ficou devendo em nada para intermediários mais caros nesse quesito.
No alto falante posicionado na parte inferior do aparelho o som também é bem alto, porém fica devendo um pouco nos graves.
Cubot X18: ficha técnica
- Android 7 Nougat (com Português Brasil);
- 4G Dual Chip (2 micro sim);
- Tela IPS HD de 5.7 polegadas (18:9) (1440 x 720 px);
- Vidro com proteção Gorilla Glass 4;
- Processador MediaTek MTK6737T quad core de 1.5 GHz;
- GPU Mali-T720 MP2;
- 3 GB de RAM;
- 32 GB de armazenamento interno;
- Entrada para micro SD de até 128 GB;
- Câmera traseira Sony de 16 MP f/2.2 com autofoco, flash e HDR;
- Câmera frontal Samsung de 13 MP com flash;
- Gravação de vídeo Full HD;
- Leitor de impressão digital traseiro;
- LED de notificações;
- A-GPS, GLONASS, GPS;
- Sensores: acelerômetro, luz ambiente, proximidade, gravidade;
- USB Host (OTG);
- Bluetooth 4;
- Bateria removível de 3200 mAh.
Cubot X18: vale a pena?
Podemos dizer que o Cubot X18 é uma nova definição de smartphone de entrada.
Pelo mesmo preço de um Moto E4 ou Galaxy J2 Prime ele traz desempenho superior, o dobro de armazenamento interno (32 GB), tela mais sofisticada e alguns acessórios extras, além design bonito e confortável (quem precisa de metal?).
É verdade que suas câmeras e sua bateria não empolgam, mas ele possui tantas virtudes, que esses obstáculos não são suficientes para tirar o seu brilho.
Sendo assim, meu veredito é:
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Deixo o meu agradecimento à Tomtop, que gentilmente forneceu o celular utilizado nesta análise.