Redmi Note 11 é bom? Vale a pena? [Review]

Com design e hardware renovados para 2022, o Xiaomi Redmi Note 11 tenta mais uma vez manter em alta a principal linha de celulares da marca.

A taxa de atualização da tela subiu para 90 Hz, o processador é o novo Snapdragon 680, e a câmera principal agora tem 50 MP. O mais legal: o preço continua o mesmo.

Por isso, eu comprei a versão com 4 GB de RAM e 128 GB de armazenamento para testar o aparelho no dia a dia, e a seguir eu conto como foi a minha experiência.

Tá com muita pressa? Então confira abaixo a minha lista de prós e contras, ou vá direto para:

Prós e contras

Prós

  • Tela excelente;
  • Bonito, leve, fino e confortável;
  • Bateria de longa duração e carregador rápido;
  • Alto falantes estéreo.

Contras

  • As câmeras deram uma leve piorada em relação à geração passada, e a inteligência artificial passa longe;
  • Sem NFC;
  • Não pega 4G+ (somente 4G).
Xiaomi Redmi Note 11 é bom? Vale a pena? [Review] - Mobizoo

Design e tela

Enquanto o Redmi Note 10 foi uma verdadeira revolução de refinamento no visual da linha – trazendo design mais elegante e acabamento mais sofisticado que o da geração anterior –, o Redmi Note 11 fez somente alguns pequenos ajustes.

O aspecto geral do smartphone continua o mesmo, porém as laterais agora são planas, a traseira é fosca, e o módulo da câmera traseira se libertou daquela frase cafona “ultra premium” que estava no modelo anterior.

Ou seja, é o refinamento do refinamento, que manteve o aparelho bonito, leve e gostoso de usar, com um toque de novidade.

Xiaomi Redmi Note 11 - traseira

O que mudou mesmo foi a tela, que ganhou exatamente o que faltava na geração anterior: taxa de atualização de 90 Hz.

A tela, que já era muito boa em termos de qualidade, ficou mais gostosa de usar com a fluidez extra, garantindo assim rolagens de tela e animações mais “lisas”, além da resposta ao toque aprimorada.

Xiaomi Redmi Note 11 - tela

Só teve uma coisa que eu não gostei na experiência com a tela do Redmi Note 11, e essa coisa nem é culpa da tela.

O sensor de luminosidade do modelo baixa demais o brilho da tela à noite ou em ambientes menos iluminados, e isso fez com que eu tivesse que “forçar as vistas” algumas vezes para enxergar alguma coisa.

Esse é um daqueles velhos casos onde a fabricante precisa fazer um ajuste fino no software para a próxima atualização.

Unboxing

Confira os detalhes no nosso unboxing:

Câmeras

Se você estava pensando que a câmera principal do Redmi Note 11 deu um grande salto de qualidade em relação ao modelo anterior, só porque ela tem 50 MP, pode tirar seu cavalinho da chuva. Na verdade, ela até piorou um pouquinho.

Acontece que o sensor Sony IMX582 de 48 MP do Redmi Note 10 é superior ao sensor Samsung ISOCELL JN1 de 50 MP presente no Redmi Note 11, e isso fica evidente não só nos resultados, como também durante o uso, já que o dispositivo mais novo parece ter mais dificuldades em processar as imagens (leva um tempinho).

Além disso, eu me irritei várias vezes com o HDR automático do modelo, que cisma em nunca se ativar, mesmo quando é claramente necessário.

Ou seja, eu tive que ficar “forçando” o HDR toda hora, e os resultados foram esses:

Teste de câmera - Xiaomi Redmi Note 11 Teste de câmera - Xiaomi Redmi Note 11 Teste de câmera - Xiaomi Redmi Note 11 Teste de câmera - Xiaomi Redmi Note 11

Zoom digital da câmera principal:

Teste de câmera - Xiaomi Redmi Note 11

Ultrawide ao ar livre:

Teste de câmera - Xiaomi Redmi Note 11

Ultrawide em ambiente interno:

Teste de câmera - Xiaomi Redmi Note 11

Macro:

Teste de câmera - Xiaomi Redmi Note 11

Selfie com embelezamento ativado:

Teste de câmera - Xiaomi Redmi Note 11

Selfie no Modo Retrato e sem embelezamento:

Teste de câmera - Xiaomi Redmi Note 11

Selfie “aberta” na horizontal:

Teste de câmera - Xiaomi Redmi Note 11 Para ver as fotos deste review em tamanho original, acesse o Google Drive do Mobizoo.

Teste de desempenho [vídeo]

O Redmi Note 11 é equipado pelo processador Snapdragon 680, que é sim ligeiramente mais potente que o Snapdragon 678 do modelo anterior, porém, na prática essa superioridade se dilui, já que o chip tem que dar conta de uma tela que se atualiza mais vezes por segundo (os 90 Hz).

No final das contas ficamos no zero a zero, e o que vemos no Note 11 é um desempenho praticamente idêntico ao do Note 10, tanto nas tarefas básicas do dia a dia, quanto nos games.

A vantagem aqui é o consumo de energia mais baixo no modelo mais novo – graças à construção do chip em 6 nanômetros –, o que garante que, por exemplo, você possa jogar um jogo por mais tempo com a mesma bateria.

O modelo sai da caixa com a MIUI 13 baseada no Android 11, e, devo dizer; esta é a versão mais estável dos últimos anos, e, mais importante; com praticamente nenhum bug.

Confira nosso teste:

Bateria

Os 5000 mAh de capacidade da bateria do Redmi Note 11 combinados com o eficiente processador da Qualcomm garantem ótima autonomia ao modelo, e durante as minhas semanas de uso foi bem comum ficar 2 dias inteiros longe da tomada, mesmo com uso mais intenso.

O carregador de 33W que acompanha o modelo é simplesmente espetacular, levando o aparelho de 30 a 80% em poucos minutos (aproximadamente 20), e de 10 a 100% em pouco mais de 1 hora.

Áudio

Apesar de não reproduzirem um som tão bom e profundo quanto o de um iPhone, os alto falantes estéreo do Redmi Note 11 são bem decentes, e estão acima do que vemos na concorrência nesta faixa de preço.

Eles são realmente potentes em termos de volume, mas ficam devendo graves, e os agudos tendem a ficar estridentes perto do máximo.

Veredito

Se você já possui um Redmi Note 10, não há motivos para comprar o Note 11.

O modelo é praticamente a mesma coisa em termos de desempenho, tela, áudio e bateria, as câmeras pioraram um pouquinho, e a tela de 90 Hz não justifica a troca, por não representar um salto tão grande de fluidez (se fosse 120 Hz, seria).

Agora, se o Redmi Note 11 for o seu primeiro Xiaomi, ele é uma boa porta de entrada desde que você pague barato.

Por R$ 1.200 no Brasil, a versão com 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento oferece uma tela excelente, design bonito e confortável, bateria que dura muito, e câmeras ok para a faixa de preço.

Por esses motivos, meu veredito é:

bacana

Ainda não conhece a escala memética de avaliação do Mobizoo? Então veja como fazemos nossas análises de celular.

Ficha técnica

Características

Sistema Android 11
Lançamento 26 janeiro, 2022
Dimensões 159.9 x 73.9 x 8.1 mm
Peso 179 gramas
Cores Azul, Branco Pérola e Cinza
Biometria Leitor de impressão digital lateral, Reconhecimento facial
Construção Chassi de plástico, Traseira de plástico, Vidro Gorilla Glass na tela
À prova d'água

Tela

Tecnologia do painel AMOLED, 90Hz
Tamanho 6,4 polegadas
Resolução Full HD+ (1080 x 2400 pixels)
Proporção 20:9

Hardware

Chipset Snapdragon 680
Processador Octa core (máx. 2,4 GHz)
GPU Adreno 610
RAM 4 GB, 6 GB
Armazenamento 64 GB, 128 GB
Entrada p/ microSD Sim

Câmeras

Principal 50 MP f/1.8 PDAF
Ultrawide 8 MP f/2.2
Macro 2 MP f/2.4
Profundidade 2 MP f/2.4
Frontal 13 MP f/2.4
Gravação de vídeo Full HD 30 fps

Conectividade

Dados móveis 4G
Dual chip
eSim
Wi-Fi Wi-Fi 802.11 a/b/g/n/ac, dual-band, Wi-Fi Direct, hotspot
Bluetooth 5.0, A2DP, LE
NFC
GPS A-GPS, GLONASS, BDS, GALILEO
Infravermelho
USB Tipo C 2.0 (OTG)
Sensores Acelerômetro, Proximidade, Giroscópio, Bússola

Bateria

Capacidade 5.000 mAh
Carregador 33W, Carregamento reverso

Áudio

Alto falante Estéreo
Entrada P2 (3.5mm)
Rádio FM
Amplificador digital Não possui

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Anderson Mansera

Especialista em Tecnologia e Design com mais de 20 anos de experiência no mercado de produtos eletrônicos e soluções digitais, com participação em eventos internacionais e projetos para grandes empresas. Retrogamer e tecladista nas horas vagas.

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