Motorola RAZR 50 Ultra Review: o melhor dobrável flip?

No ano passado eu pude testar o Motorola Razr 40 Ultra por alguns meses e, apesar de ter gostado do telefone, senti que ainda havia bastante espaço para melhorias.

O Razr 50 Ultra chegou, e eu corri para entrar na fila de empréstimo da Motorola, pois estava louco para conferir as novidades. Agora que ele já está nas minhas mãos, é hora de contar pra você o que melhorou, o que piorou (sim, tem coisa), e o que continua igual.

Já adianto: o preço de lançamento continua bem salgado, e deve demorar um pouquinho para baixar até a faixa dos 2.700 reais – coisa que aconteceu com o modelo anterior por volta de junho desse ano, antes dele sumir das lojas.

• Ficha técnica
• Câmeras
• Desempenho
• Veredito

Prós e contras

Prós

• O melhor design dobrável da categoria – fácil de abrir e fechar com uma mão;
• Telas espetaculares – qualidade e fluidez imbatíveis;
• Usabilidade da tela externa acima da concorrência;
• As câmeras são competentes e têm versatilidade extra com a tela externa;
• Alto-falantes estéreo potentes;
• Bateria satisfatória (para um dobrável flip) e carregamento veloz.

Contras

• Continua sendo fácil de ficar todo engordurado;
• O desempenho com games ficou abaixo do esperado;
• Não vem mais com capa na caixa.

Design e tela

A primeira grande melhoria que notei ao tirar o Razr 50 Ultra da caixa foi a sua tela externa. Ela está consideravelmente maior (saltou de 3,6 para 4 polegadas), e agora ocupa quase toda a superfície frontal quando o aparelho está fechado, mas também está melhor, agora com 165 Hz de taxa de atualização e tecnologia LTPO (coisas que o modelo anterior não tinha).

Outra coisa que também melhorou muito foi a dobradiça do smartphone. Ela agora está mais confiável, dando conforto e segurança na medida certa. Inclusive o Razr 50 Ultra agora fica totalmente plano quando aberto (uma das minhas reclamações sobre o Razr 40 Ultra era o fato dele ficar levemente inclinado quando aberto).

Com essa nova estrutura o modelo ficou mais flexível para manipular com apenas uma mão, ao mesmo tempo que ficou mais firme para manter numa determinada posição.

Por fim a tela interna. Essa continua a mesma em termos de qualidade e tecnologia, mas melhorou sim, e num item bem importante: o brilho, que saltou de 1400 para 3000 nits de pico (uau!).

Câmeras

Se você quer ter um celular dobrável, mas não abre mão de uma boa câmera secundária de zoom óptico, meio que o Razr 50 Ultra é a sua única opção no momento (já que o concorrente da Samsung só traz uma ultrawide).

Como você vai ver no exemplo a seguir, a lente teleobjetiva de 50 MP do aparelho manda muito bem tanto em 2x de zoom, quanto em 4x.

Vamos começar a lente principal:

Agora a lente zoom em 2x:

E finalmente 4x:

O mais legal é que essa câmera zoom também arrasa no close de objetos próximos. Se liga no nível de detalhes que ela entrega:

A lente principal do modelo também é ótima, mas eu senti que ela ainda precisa de algumas atualizações para entregar resultados mais consistentes.

No exemplo abaixo, por exemplo, eu ativei o modo retrato para desfocar o fundo da cena, mas a câmera acabou desfocando o canudo no côco também:

A câmera interna (ou frontal) também me impressionou, entregando resultados belíssimos tanto em locais muito iluminados…

…quanto em locais mais escuros:

No geral é um conjunto sólido, que também gera gravações 4K de ótima qualidade, como você pode conferir lá no vídeo do início do review.

Para ver as fotos deste review em tamanho original, acesse o Google Drive do Mobizoo.

Teste de desempenho [vídeo]

O Motorola Razr 50 Ultra conta com um hardware super potente, e por isso entrega muita velocidade e fluidez para o usuário. Apps abrem e alternam instantaneamente, e o sistema não apresenta nenhum engasgo ou espera.

As telas com taxa de atualização de 165 Hz colaboram para um experiência super ágil com as tarefas do dia a dia, mas eu confesso que esperava mais do modelo no desempenho com jogos.

Veja no vídeo abaixo como o Razr 50 Ultra não conseguiu ultrapassar os 30 FPS em Genshin Impact, mesmo na qualidade gráfica média:

Bateria

Apesar de não ter uma bateria de grande capacidade, o Motorola Razr 50 Ultra entregou autonomia satisfatória durante as minhas semanas de uso.

O modelo ofereceu média de 7 horas de tela por dia, e garantiu mais que um dia inteiro de uso moderado, melhorando a marca da geração anterior.

O carregador de 33W que vem com ele é bem rapidinho, indo de 10 a 100% em pouco menos de 1h.

Áudio

Os alto-falantes estéreo do Motorola Razr 50 Ultra são um dos pontos altos do dispositivo.

O modelo entrega som potente e robusto, com graves encorpados a ponto de vibrarem o aparelho, e médios e agudos que permanecem claros e agradáveis mesmo no volume máximo.

É sonzão pra não botar defeito.

Veredito

O Motorola Razr 50 Ultra melhorou um bocado em relação ao modelo anterior, e agora é um produto muito mais maduro e seguro de escolher.

A dobradiça está excelente, o vinco na tela é discreto, as telas estão melhores do que nunca, a autonomia de bateria é bem ok para a proposta compacta do modelo, e a usabilidade da tela externa é simplesmente imbatível.

Os únicos impeditivos na minha visão são o desempenho com games e o preço, sendo o primeiro abaixo do esperado, e o segundo acima do razoável.

Se o preço cair e a Motorola lançar uma atualização para melhorar os jogos o aparelho se torna atrativo não só para os entusiastas dos dobráveis, mas também para o público em geral, mas por enquanto a minha nota vai ficar num 8,5 de respeito.

Ainda não conhece a escala memética de avaliação do Mobizoo? Então veja como fazemos nossas análises de celular.

Deixo o meu agradecimento à assessoria da Motorola, que gentilmente emprestou o celular utilizado nesta análise.

Ficha técnica