Motorola Moto G73 5G é bom? Vale a pena? [Review]

O Motorola Moto G73 5G é um celular intermediário com suporte ao 5G que foca no hardware potente e no conjunto completo de câmeras para conquistar o consumidor, mas a ausência da tecnologia OLED na tela deixou aquele gostinho de quero mais nos fãs da linha.

Lançado por R$ 2.000, o modelo já caiu bastante de preço, e hoje pode ser encontrado na faixa dos R$ 1.300. Será que agora vale a pena?

Bom, eu testei o smartphone por algumas semanas, e vou relatar tudinho nesta avaliação. Bora começar?

Tá com muita pressa? Então confira abaixo a minha lista de prós e contras, ou vá direto para:

• Prós e contras
• Design e tela
• Câmeras
• Desempenho
• Bateria
• Áudio
• Veredito

Prós e contras

Prós

• Ótima duração de bateria e carregamento rápido;
• Bonito, fino, leve e confortável;
• Bom desempenho com jogos;
• Boas câmeras.

Contras

• Alto-falantes estéreo são fracos;
• Moto Secure é novidade bem-vinda, mas precisa melhorar muito;
• Alguns travamentos estranhos no software;
• Não faz espelhamento na TV (precisa do Chromecast);
• Não grava vídeos em 4K;
• Não vem com fones de ouvido.

Design e tela

O design é um dos grandes trunfos do Moto G73 5G.

Apesar de ser construído em plástico, o modelo tem aparência de produto sofisticado, e isso se deve em grande parte ao belo desenho da traseira, que combina o acabamento fosco da tampa com o vidro brilhante do módulo de câmeras.

Há uma leve curvatura nas bordas laterais que ajudam na pegada, e o aparelho ainda é fino, leve, e não muito grande. Tudo isso garante muito conforto no uso diário.

A tela aproveita muito bem a parte frontal do smartphone, deixando poucas bordas nas laterais, porém não há como ignorar o fato de que o “queixo” do modelo poderia ser menor.

O display do Moto G73 5G não é OLED como no Edge 30 Neo, porém entrega excelente qualidade de imagem, além da extrema fluidez de seus 120 Hz de taxa de atualização.

O painel IPS Full HD+ do modelo tem calibração de branco impecável, preto profundo, cores vivas e brilho intenso, ótimo para uma boa visualização ao ar livre, porém os ângulos de visão não são tão bons quanto os de um display OLED. Bom, pelo menos aqui não há risco de burn-in.

Câmeras

Para fotografias, até que o Moto G73 me surpreendeu.

Mesmo não possuindo OIS e outros recursos sofisticados, o conjunto de câmeras do Moto G73 é bastante competente, pois entrega fotos muito definidas, com ótimo alcance dinâmico e cores vibrantes. E isso vale tanto para as lentes traseiras quanto pra frontal.

O problema é que (pasmem), em pleno 2023, o smartphone não grava vídeos em 4K. Cara, tu tem noção que o Galaxy S5 já gravava vídeos em 4K? Em 2014!!!

Pois bem, feito o desabafo, vamos às fotos que fiz com o aparelho, começando pela câmera principal.

O sensor principal de 50 MP da OmniVision faz bonito com luz abundante, mas o mérito não é só dele não. Dá pra ver que o processamento HDR do chip da MediaTek é nota 10. Tudo fica muito vivo e brilhante, com sombras bem controladas e nada de luz estourada.

Eu só acho uma pena a Motorola não permitir ao usuário fixar o HDR quando ele deseja, lembrando que essa é uma reclamação que eu faço para todos os aparelhos da marca (e também de outras marcas) com essa limitação.

Com os 50 MP, é possível fazer fotos com zoom digital bem decentes, mas nesse caso o processamento dá uma exagerada na saturação de cores (acima).

O sensor ultrawide híbrido (que inclui macro e sensor de profundidade) é da Samsung, e ele também faz belas fotos em boas condições de luz.

Só não espere milagres, pois na ultrawide o HDR não é tão preciso quanto na principal (observe a nuvem estourada acima), e há um pouco de distorção nas laterais.

O foco do dispositivo é bem rápido e eficiente, oferecendo muita definição tanto para objetos distantes (acima) quanto para os próximos (abaixo), e a distância focal da lente principal é ótima para dar aquele efeito dramático em fotos da natureza.

Olha o desfoque desse fundo, e a definição do primeiro plano:

O Moto Noturno também é muito bom…

… e o mesmo pode-se dizer da macro:

E olha que belas selfies feitas pelo sensor frontal de 16 MP da Hynix, que manda bem tanto no modo normal quanto no retrato:

Como você viu, o Moto G73 5G é bom para fotos, mas não é o smartphone mais indicado para quem vai produzir vídeos, por conta de sua limitação ao Full HD.

Para ver as fotos deste review em tamanho original, acesse o Google Drive do Mobizoo.

Teste de desempenho [vídeo]

Se você busca um bom celular para jogos, certamente o Moto G73 não vai te decepcionar. O modelo roda tudo com boa qualidade e fps, não esquenta demais, e ainda gasta pouca bateria.

Confira o meu teste de desempenho em vídeo:

Para aplicativos de uso diário ele entrega ótima velocidade e fluidez – abrindo tudo instantaneamente, e rolando feeds sem engasgos –, mas eu não posso deixar de registrar que, durante as minhas semanas de uso, passei por umas três travadas estranhíssimas na tela home (do nada tudo deixou de responder).

Como o aparelho é novo, e ainda não recebeu nenhum grande update, pode ser que esse comportamento seja resolvido em breve.

Outra coisa que me incomodou foi o motor de vibração do smartphone.

Ele é daquele tipo que parece meio solto, que vibra como se estivesse chacoalhando, algo comum em celulares mais baratinhos, mas que eu já acho meio inaceitável num intermediário atual.

Além disso, o Moto Secure não funciona como deveria, e por isso não garante a proteção esperada para seus dados e aplicativos.

Bateria

Se você precisa de um celular que dure bastante tempo longe da tomada, o Moto G73 5G é uma ótima pedida.

Ele oferece pouco mais de 1 dia inteiro de uso com tranquilidade, e o mais surpreendente é o consumo baixo de energia que o modelo consegue, mesmo em tarefas mais exigentes, como jogos e streaming. Com isso, é possível obter até 7 horas de tela ligada.

Além disso, o carregador que acompanha o modelo é bem rápido (30W), pois leva a bateria de 10 a 100% em menos de 1 hora.

Áudio

O Moto G73 5G possui alto-falantes estéreo, mas eu confesso que esperava mais em termos de qualidade.

O volume não é dos mais altos, praticamente não há graves, e os médios e agudos que restam soam abafados e sem corpo. Nesse ponto é melhor optar pelo Moto G82 ou pelo Motorola Edge 30, que oferecem áudio bem mais potente e encorpado.

A boa notícia é que o conector P2 está presente na parte inferior do aparelho, facilitando na hora de colocar o dispositivo no bolso com fones de ouvido conectados.

Veredito

O Motorola Moto G73 é um celular bonito e confortável que tira boas fotos, tem ótimo desempenho, bateria duradoura e 5G de verdade (SA e NSA), mas eu não posso passar pano pros seu vacilos: o som dele é fraco, ele não grava em 4K, e ainda deu umas travadas durante os meus testes.

No preço de lançamento ele não valia a pena, mas agora, custando em torno de R$ 1.300, ele ficou bem mais interessante, tornando-se uma boa opção para quem não liga para seus pontos fracos.

Por esses motivos, meu veredito é:

Ainda não conhece a escala memética de avaliação do Mobizoo? Então veja como fazemos nossas análises de celular.

Deixo o meu agradecimento à assessoria da Motorola, que gentilmente emprestou o celular utilizado nesta análise.

Ficha técnica