Review Moto G7 Power: eu tenho a força!

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Equipado com uma enorme bateria de 5000 mAh de capacidade, o Motorola Moto G7 Power é o smartphone intermediário da Motorola em 2019 para quem busca autonomia, prometendo até 55 horas de uso sem precisar de recarga.

Mas, será que ele realmente cumpre o que promete? E nos outros quesitos, ele se sai bem?

Bom, eu passei quase 1 mês usando o modelo como meu celular principal, e a seguir você irá conferir essas e outras respostas.

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Review Moto G7 Power: eu tenho a força! - Mobizoo

Preço e disponibilidade

A política de preços da Motorola para a linha G esse ano foi um pouco diferente daquilo que estávamos acostumados, principalmente por conta do novo integrante da família; o Moto G7 Power.

O Moto G7 e o Moto G7 Plus são os mais caros, como opções premium, o Moto G7 Play é o mais barato e mais básico, e o Power ficou no “meio de campo”, oferecendo mais recursos para quem não pode gastar muito, ou acha o Play simples demais.

Desta forma, o Moto G7 Power está saindo atualmente por R$ 1.000, e nesta faixa de preço encara o Galaxy M20 da Samsung, que possui a mesma proposta (bateria grande), porém traz hardware um pouquinho superior.

Mas, antes de qualquer conclusão, é importante analisar todos os quesitos do modelo. Vamos começar pelos prós e contras:

Prós e contras

Prós:

  • Tela excelente;
  • Ótimo som;
  • Bateria com duração enorme;
  • Boas câmeras;
  • Bandeja de chips aceita 2 nano sims e 1 micro SD ao mesmo tempo;
  • Ótimo desempenho.

Contras:

  • Grosso e pesado;
  • Não possui suporte ao 4G+;
  • Não possui NFC.
Atenção: Inicialmente só foi lançado o Moto G7 Power com 3 GB de RAM e 32 GB de armazenamento, mas agora a Motorola está vendendo a versão com 4 GB de RAM e 64 GB de armazenamento pelo mesmo valor. O modelo testado nessa análise foi o de 3/32 GB, mas hoje faz mais sentido comprar o modelo 4/64 GB, ok?

Unboxing

Design

Apesar de ser mais grosso e mais pesado que os outros modelos da linha, o Moto G7 Power apresenta visual e pegada que não desagradam, e pode até ser considerado bonito e confortável dentro de suas limitações.

Motorola Moto G7 Power: parte inferior - Review / Mobizoo

A traseira de plástico brilhante – que parece vidro, mas não é – é bonita e possui aspecto bem mais premium que o do Moto G7 Play. E por ser bem arredondada, oferece ótimo encaixe nas mãos.

Além disso, a “lombada” da câmera é a menor entre todos os modelos da linha, sendo praticamente imperceptível, e totalmente neutralizada pela capinha inclusa no kit.

Motorola Moto G7 Power: traseira - Review / Mobizoo

Na frente temos um notch que é bem mais discreto que o do Moto G7 Play, e por consequência libera um bocado de espaço para suas notificações.

As bordas em torno da tela também são discretas, e no geral dá para dizer que o modelo conta com uma parte frontal bastante agradável de se olhar.

Tela

Eu não esperava dizer isso, mas a tela do Moto G7 Power é sem dúvida um de seus grandes destaques.

Por que eu não esperava? Porque no papel a resolução dela não é das maiores na categoria (a do Galaxy M20, por exemplo, é Full HD+). Por que ela me impressionou? Pela qualidade.

Motorola Moto G7 Power: tela - Review / Mobizoo

Esse painel não só é muito maior que o do Moto G7 Play, como também é muito melhor. Ele traz a mesma tecnologia empregada nos Moto G7 e Moto G7 Plus, a LTPS, que é bastante superior ao LCD tradicional do modelo Play.

Resultado: excelente reprodução de cores, contraste muito bom (com preto bem bacana), ótimos ângulos de visão, e brilho que é forte quando tem que ser (no sol), e baixo quando é necessário (na hora de dormir).

Aí você pergunta: mas e a resolução? Bom, sinceramente, você nem vai notar.

Apesar de ser HD, e não Full HD, a tela do Moto G7 Power apresenta uma densidade de pixels mais que suficiente para o olho humano (319 ppi), então tudo que você enxerga estará bem definido sim.

Câmeras

Mais uma vez não se engane pelos números: apesar de ser de 12 MP, a câmera do Moto G7 Power foi superior à de 13 MP do Moto G7 Play em meus testes.

Os resultados me impressionaram bastante durante o dia, apresentando fotos ricas em detalhes, com cores vibrantes, bom contraste e HDR eficiente.

Vamos às capturas (todas no modo automático):

Moto G7 Power: foto da câmera traseira com HDR - Review / Mobizoo Moto G7 Power: foto da câmera traseira com HDR - Review / Mobizoo Moto G7 Power: foto da câmera traseira com HDR - Review / Mobizoo Moto G7 Power: foto da câmera traseira com HDR - Review / Mobizoo

Mesmo em fotos um pouco mais desafiadoras o modelo se sai bem, como por exemplo nessa contra a luz:

Moto G7 Power: foto da câmera traseira com HDR - Review / Mobizoo

Ou nessa em um ambiente mais escuro:

Moto G7 Power: foto de interior com a câmera traseira - Review / Mobizoo

E se você quiser resultados ainda melhores nessa situações mais difíceis, pode utilizar o modo profissional, que permite configurações mais precisas de ISO, exposição, velocidade do obturador e balanço de branco. Perceba a diferença:

Moto G7 Power: foto de interior no modo profissional - Review / Mobizoo

Na câmera frontal o nível se mantém, e o que temos são fotos bem interessantes com boa luz.

Moto G7 Power: selfie com a câmera frontal - Review / Mobizoo

No modo retrato a selfie fica um pouco escurecida, mas o efeito é bem decente. Ah, e dá para regular manualmente o desfoque do fundo.

O Modo Retrato está disponível tanto para a câmera traseira quanto para a câmera frontal, porém ele só funciona para fotografar pessoas. Moto G7 Power: selfie com a câmera frontal em modo retrato - Review / Mobizoo

Resumindo, trata-se de um conjunto fotográfico de respeito, que irá satisfazer a maioria dos usuários. Só não espere de um celular de mil reais aquelas fotos noturnas incríveis que você vê nos aparelhos de cinco mil. Ok?

Ah, e para a galera da GCAM eu já aviso logo: o modelo conta com o Camera2API.

Caso queira visualizar as fotos em tamanho original, baixe este arquivo zip.

Desempenho

Se tem uma coisa que a Motorola acertou nesse ano, foi em ter colocado o Snapdragon 632 nos modelos mais baratos da linha G.

O Moto G7 Power conta com o mesmo chipset presente no G7 Play, porém traz 1 GB de RAM a mais. E acredite: isso fez muita diferença.

São quase 10.000 pontos de diferença pro modelo mais barato no Antutu, e uma puta diferença de desempenho no dia a dia: o G7 Power voa!

Motorola Moto G7 Power: Antutu Benchmark - Review / Mobizoo

Isso é tão verdade, que eu não notei diferença de velocidade para abrir e alternar aplicativos, comparando o modelo lado a lado com o Moto G7. Inclusive dá para dizer o mesmo do desempenho com games.

O modelo roda muito bem os títulos mais populares do momento, porém, por conta de alguma limitação da Gameloft, não aceita a instalação de Asphalt 9 através da Play Store (pelo menos até a data de publicação desse review).

A TV digital do Moto G7 Power é Full-Seg e One-Seg, porém as imagens Full-Seg são exibidas na resolução HD, já que esse é o limite da tela do aparelho.

Bateria

Como dito anteriormente, a Motorola promete mais que dois dias inteiros de uso em seu celular, e olha, já vou te dizer logo de cara: ela entrega.

Dá só uma olhada nesse print, que tirei na manhã do terceiro dia de testes sem recarregar:

Motorola Moto G7 Power: duração da bateria - Review / Mobizoo

Pois é, depois de 2 dias de uso intenso sem ver a tomada, o Moto G7 Power me informa que ainda tenho 13 horas de energia disponível. É ou não é impressionante?

Agora me diz:

Ah, antes de encerrar esse quesito, é importante dizer que a bateria do modelo demora um pouco mais que o normal para ser totalmente carregada, mesmo com o TurboPower incluso no kit, por conta de sua capacidade “avantajada”.

Som

Eu fiquei bastante impressionado com a qualidade do som do Moto G7 Power, a começar pelo alto falante frontal que, além de apresentar bom volume e graves encorpados, não distorce o áudio quando está no máximo.

Além disso, o dispositivo vem acompanhado de fones de ouvido intra-auriculares de ótima qualidade, que oferecem experiência sonora de primeira e bastante conforto. São os mesmos presentes nos demais modelos da linha.

O único porém aqui é que ele não conta com o otimizador Dolby presente nos G7 mais caros, porém, para compensar, há a TV Digital que nenhum dos outros modelos possui.

Ficha técnica

  • Tela LTPS HD+ de 6,2 polegadas com proporção 19,5:9 (com notch) e resolução 720 x 1570 px (319 ppi);
  • Sistema Android 9 Pie;
  • Vidro Gorilla Glass (só na frente);
  • Chipset Snapdragon 632 com processador octa core (1.8 GHz máx.);
  • GPU Adreno 506;
  • 3 ou 4 GB de memória RAM (LPDDR4);
  • 32 ou 64 GB de armazenamento interno expansível via MicroSD;
  • Câmera traseira de 12 MP (f/2.0) com autofoco PDAF;
  • Câmera frontal de 8 MP (f/2.2);
  • Gravação de vídeo 4K (só na traseira);
  • Leitor de impressão digital na traseira;
  • Rádio FM;
  • TV Digital;
  • Bluetooth 4.2;
  • Sensores: luz ambiente, acelerômetro, proximidade, bússola, giroscópio;
  • A-GPS, GLONASS;
  • NFC;
  • USB Tipo C;
  • Bateria de 5000 mAh com carregamento rápido.

Veredito: vale a pena?

Depois de quase 1 mês usando o Moto G7 Power como meu smartphone principal, posso dizer, sem medo de me arrepender, que ele vai deixar saudades.

A sensação de ter um celular que pode te acompanhar por dias sem precisar ser carregado é única, e o fato dele oferecer uma tela grande e de excelente qualidade, além da performance ultra veloz nas tarefas do dia-a-dia, só colabora com sua avaliação final.

As câmeras também apresentam bons resultados dentro da categoria, e não ficam muito atrás do Moto G7 principal. Além disso, você ainda conta com o diferencial de ter TV Digital, ausente nos outros modelos da linha.

O modelo só não vai agradar mesmo o público que faz questão de um celular compacto e leve.

Sendo assim, o meu veredito é:

Ainda não conhece a escala memética de avaliação do Mobizoo? Então veja como fazemos nossas análises de celular.

Deixo o meu agradecimento à assessoria da Motorola, que gentilmente emprestou o celular utilizado nesta análise.

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Anderson Mansera

Especialista em Tecnologia e Design com mais de 20 anos de experiência no mercado de produtos eletrônicos e soluções digitais, com participação em eventos internacionais e projetos para grandes empresas. Retrogamer e tecladista nas horas vagas.

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