A câmera é falsa, mas a segurança é real

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As câmeras de segurança são uma ótima solução para a proteção do patrimônio de indivíduos e empresas, mas muitas vezes os sistemas são caros de instalar. É aí que entra em cena a câmera de segurança falsa, um objeto barato que não captura imagem alguma, mas intimida os criminosos.

As câmeras de vigilância falsas são visualmente idênticas às reais, e geralmente são colocadas em lugares muito visíveis, com o objetivo de dissuadir ladrões e invasores, fazendo-os acreditar que existe um dispositivo de segurança ativo e conectado.

Quer saber mais sobre esse produto inusitado, e descobrir onde comprá-lo? Então continue lendo.

Câmeras de segurança falsas: aparência real, função simulada

Uma boa câmera de segurança falsa é aquela impossível de distinguir de uma real. Por isso, as fabricantes apostam em modelos feitos com os mesmos materiais das câmeras reais, que muitas vezes trazem até LEDs sinalizadores de funcionamento e cabos, tornando tudo bastante profissional.

Obviamente, para manter o produto acessível, alguns materiais são substituídos por outros mais baratos.

Enquanto no setor de vigilância profissional é comum encontrar dispositivos construídos em liga de alumínio e plástico ABS de alta resistência, nas câmeras falsas o plástico mais simples predomina, sendo pintado de formas variadas para simular a textura de outros materiais.

As lentes são um ponto fundamental da simulação, por isso neste item o plástico transparente recebe um acabamento melhor, combinando algumas camadas diferentes para compor a ilusão de profundidade.

A fiação pode ou não estar presente, já que hoje em dia as câmeras sem fio são bastante comuns. A aplicação ou não deste item vai depender do contexto do seu projeto.

Câmera de segurança falsa | O que é, e onde comprar

Segurança sem complicações de proteção de dados

Assim como é legal colocar câmeras na porta da casa própria – desde que não estejam apontadas para a rua –, as câmeras de vigilância falsas são totalmente legais. Só não devem visar propriedades privadas adjacentes ou a via pública, e não se aplica nenhuma das obrigações de proteção de dados. Portanto, elas não devem ser confundidas com câmeras autênticas e conectadas, onde sim a regulamentações de proteção de dados se aplicam.

Como as falsas câmeras de segurança são totalmente legais é daí que não decorre qualquer obrigação de proteção de dados já que não há tratamento, pois não há gravação de imagens nem captação, portanto não há possibilidade delas existirem. Isto significa que para uma área de videovigilância não é preciso a colocação de qualquer sinalização. Quando for instalar câmeras falsas com a intenção de fazer com que pareçam câmeras de vigilância dissuasoras, pode fazê-lo com total tranquilidade e sem problemas nenhum.

Marie Van Brittan Brown: A Pioneira que Revolucionou a Segurança Residencial

Todo mundo sabe que a segurança é um aspecto para lá de fundamental na vida, se manter protegido e proteger casas e ambientes de trabalho é, ao longo da história, uma preocupação comum.

O que talvez muitos não saibam é que uma mulher visionária chamada Marie Van Brittan Brown, na década de 1960, ao inventar a primeira câmera revolucionou por inteiro o conceito de segurança pois sua inovação lançou as bases para o desenvolvimento dos sistemas de videovigilância utilizados hoje.

Nascida em Queens, Nova Iorque, em 1922, Marie Van Brittan Brown foi uma enfermeira afro-americana que durante a sua carreira trabalhou na área da enfermagem vivenciando diretamente as preocupações e desafios relacionados com a segurança na sua comunidade, pois morava em um bairro que enfrentava sérios problemas que incluíam vandalismo e roubos.

Até que decidiu agir e procurar soluções inovadoras motivada pela necessidade de se sentir segura em casa. Em 1966, frustrada com a lentidão de resposta da polícia, Brown – com a ajuda de seu marido eletricista – inventou um sistema sofisticado de segurança de vídeo e áudio. Naqueles tempos o principal problema de segurança era ter que abrir a porta para ver quem batia.

O dispositivo de Brown tinha em níveis diferentes ‘4 olhos mágicos’ e uma câmera – que se movia entre eles – estava conectada ao monitor do quarto. Se podia usar um controle remoto para se comunicar, através do microfone, com a pessoa do lado de fora, destrancar a porta remotamente ou soar um alarme para pedir ajuda. Em 1969 o matrimônio recebeu a patente da ideia, sendo a primeira do tipo e a que lançou as bases para todos os futuros sistemas de segurança residencial, que aos poucos e devagar começaram a adotar o modelo.

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Anderson Mansera

Especialista em Tecnologia e Design com mais de 20 anos de experiência no mercado de produtos eletrônicos e soluções digitais, com participação em eventos internacionais e projetos para grandes empresas. Retrogamer e tecladista nas horas vagas.

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