Pokémon Shuffle: O “Candy Crush” da Nintendo

O sistema pay-to-win, ou o “pague-para-se-dar-bem”, já se provou uma fonte lucrativa para as empresas de jogos. Candy Crush é um exemplo de sucesso desse método. Mas isso não impediu a nossa amada Nintendo, de lançar um jogo exatamente com esse método, na tentativa de arrancar qualquer mísero centavo através de um jogo gratuito. E, com o título embaralhando nossos sentimentos em relação ao tema do jogo e seu tipo de jogabilidade, isso acaba funcionando muito bem.  

Bem-vindo ao Pokémon Shuffle.

Pokémon Shuffle ou Pokécrush?

À primeira vista, Pokémon Shuffle parece um jogo inocente, mas não se engane. O jogo é lindo e todos os inimigos são representados por “cabeças gigantes voadoras” dos Pokémons. O jogo tem um ritmo acelerado, podendo apresentar níveis realmente difíceis já nos primeiros momentos.

Jogar é bem simples, basta arrastar as “cabeças” para formar, no mínimo, trios. Essas formações geram pontos e são um tipo de ataque contra o inimigo. Com sorte, você vai acabar fazendo combos. UHULL

Batalhas Pokémon

Antes de cada batalha, você pode montar um time Pokémon com até 4 monstrinhos. Como no anime, certos Pokémon’s tem vantagens sobre outros. Isso significa que as formações feitas durante as batalhas podem dar mais dano ao oponente. E ainda, ao final de cada batalha você pode capturar o Pokémon enfrentado. Dependendo de quantos pontos você fizer, as chances de efetuar a captura aumenta.

Corações, Gemas e Moedas

Sim, temos três tipos de moedas dentro do jogo. A principal moeda é a Gema, que você pode comprar por U$0,99 cada. 

Você pode trocar suas Gemas por Corações, que permitem que você jogue uma fase por vez (perdendo ou ganhando). Ou Moedas, que você usa para comprar power-up’s antes de cada batalha.

O grande problema em Pokémon Shuffle é diretamente ligado ao sistema de Corações. Você vai começar com cinco corações, e então você vai esperar 30 minutos para cada recarga, carregando no máximo até 5. Levando em consideração que cada nível não passa de 30 segundos, em aproximadamente 3 minutos, seus corações já acabaram, sendo necessário esperar 2 horas e meia para jogar mais 5 vezes.

Free-to-play ou Pay-to-win ?

Se tem uma palavra que define Pokémon Shuffle seria microtransação. Se estamos falando grego pra você, microtransações são modelos de negócios muito utilizados em jogos chamados “Free-to-Play”, onde você pode comprar itens virtuais com dinheiro de verdade. 

Com Pokémon Shuffle não é diferente, porém a Nintendo abusa desse modelo, obrigando o jogador a comprar toneladas de itens para se dar bem.

Como falamos anteriormente, o jogo contém um sistema de captura de Pokémon’s. Mas como isso funciona? Você tem uma porcentagem de captura dependendo do score feito durante a batalha, da raridade do Pokémon e de qual pokébola você está usando. 

E adivinha só; para usar outras pokébolas você precisa de Moedas para comprá-las. Se quiser muito aquele Charizard, é provável que você precise gastar algum dinheiro.

Mas essa nem é a pior parte, ainda temos um sistema de níveis. Os Pokémon’s ganham experiência durante as batalhas. Isso significa que você vai precisar de muitos Corações para deixar o seu monstrinho no nível máximo, ou seja, mais grana.

Vale a pena?

Apesar de divertido, é necessário pagar para progredir rápido durante o jogo. Pokémon Shuffle é o tipo de jogo que não valoriza a sua habilidade, mas sim a sua carteira.

Você pode jogar por um bom tempo sem gastar dinheiro real, mas em algum momento você terá que fazer, se o seu objetivo for o mesmo de Ash Ketchum. Porém, entre Candy Crush e Pokémon Shuffle, é melhor ficar com os monstrinhos. Com eles, pelo menos, temos ataques de lança-chamas e choques do trovão.

Pokémon Shuffle está disponível para Android, iOS e Nintendo 3DS.

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