Esta é a história dos smartphones

A história dos smartphones é bem recente, mas é sinalizada como um marco revolucionário na tecnologia, no comportamento e no cotidiano das pessoas do mundo todo.

Se você viveu essa época, relembre neste artigo todo o caminho que percorremos até aqui. E se você não viveu, descubra os principais dispositivos e avanços que mudaram nossas vidas para sempre.

A História dos Smartphones

Há mais de 20 anos, tinha início a história dos smartphones

Nenhum outro dispositivo foi tão incorporado à vida das pessoas como o smartphone. Nem mesmo o PC atingiu esse ponto.

Atualmente, para a grande maioria dos usuários deste gadget, ficar uma semana sem este dispositivo está fora de cogitação.

Essa incorporação ocorreu de maneira tão intensa e rápida que até esquecemos que há menos de uma década nem imaginávamos essa “dependência”.

Vamos lembrar como foram estes avanços, desde o primeiro celular chamado de “smartphone” até a chegada dos dois sistemas operacionais mais utilizados na atualidade: iOS e Android.

Simon, o primeiro

Até 1995 poucas pessoas sabiam o que era um smartphone, mesmo tendo sido criado três anos antes, em 1992, com o nome de Simon!

Sim, Simon Personal Communicator era o nome completo do smartphone criado pela IBM, mais de 15 anos antes da Apple lançar o iPhone.

Simon foi o primeiro telefone a fundir as funções de um telefone celular e um PDA (Personal Digital Assistants – Assistente Pessoal Digital, ou; um computador de dimensões reduzidas).

A história dos smartphones - IBM Simon (1992)

A ideia de que um celular poderia oferecer funcionalidades similares a um computador era praticamente inédita na época.

Lançado com o preço de US$ 899, Simon estava muito adiante do seu tempo. Apresentava um touchscreen monocromático LCD de 4,5 polegadas por 1,4 polegadas e uma caneta stylos.

Além de fazer chamadas, Simon podia, incrivelmente, enviar e receber e-mails, faxes e páginas.

Havia nele também, recursos incorporados, incluindo bloco de notas, contatos, calendário, calculadora, relógio mundial e um modo de agendar compromissos. E ainda, Simon podia executar aplicativos de terceiros.

Simon nunca alcançou a enorme aceitação do iPhone ou Android, mas a IBM conseguiu vender aproximadamente 50.000 unidades, em apenas seis meses.

Nokia, Ericsson, Microsoft e outros

Nokia

Em 1996, a Nokia apresentou o Nokia 9000 Communicator. Considerado como um dos primeiros smartphones no mercado, ele utilizava o GEOS 3.0 e teve alguns aplicativos inovadores.

Podia fazer tudo o que Simon fazia e com ainda mais recursos, incluindo um navegador gráfico.

A história dos smartphones - Nokia 9000 Communicator

O design de concha, que dominaria o mercado nos próximos anos, ocultava um teclado QWERTY completo, muito antes da BlackBerry também o incorporar em seus dispositivos móveis.

Ericsson

Ao mesmo tempo, a Ericsson desenvolvia projetos internos similares, porém inúmeros protótipos nunca viram a luz do dia.

No entanto, o Ericsson R380, lançado no final de 1999, foi o primeiro dispositivo a ser de fato comercializado mundialmente como um “smartphone”.

A história dos smartphones - Ericsson R380

Este também foi o primeiro dispositivo móvel a utilizar o sistema operacional Symbian, sistema esse que continuaria a dominar o mercado até o último trimestre de 2010.

A Microsoft e a era dos Pocket PCs

A Microsoft já havia começado a desenvolver seus protótipos de handhelds em 1990, no entanto, a empresa estava mais interessada em levar uma versão do Windows para os dispositivos móveis.

Isso levou ao desenvolvimento do Windows Mobile em 2000, embora nenhum hardware real tenha sido lançado até 2002.

A história dos smartphones - Pocket PC

No auge de sua popularidade (por volta de 2005), o Windows Mobile de fato tinha a maior participação de mercado dos EUA, estando presente em diversos aparelhos da Compaq, HP, HTC, Samsung e Motorola.

Outros

Embora estes dispositivos que citamos tenham marcado os pontos mais importantes da história dos smartphones modernos, várias outras empresas também contribuíram com outros aparelhos.

Entre eles estavam o PDQ 800 da Qualcomm – volumoso e cheio de problemas –, lançado em 1998. E o Kyocera 6035, primeiro smartphone vinculado à operadora Verizon em 2001.

A história dos smartphones - Kyocera 6035

De qualquer forma, tais dispositivos anunciavam o crescimento do mercado de smartphones.

Utilização em massa, iOS e Android

Apesar dos avanços, os primeiros smartphones não avançaram em termos de popularidade entre os usuários. Poucas pessoas estavam realmente interessadas em comprar esses dispositivos, que ficavam restritos aos altos executivos e geeks.

Os primeiros dispositivos a serem adotados de forma maciça foram desenvolvidos pela NTT DoCoMo no Japão e utilizavam um serviço de internet móvel conhecido como i-mode. No final de 2001, havia mais de 40 milhões de assinantes deste serviço em todo o Japão.

Enquanto isso, nos EUA, as coisas se moviam a um ritmo muito mais lento.

Os telefones celulares com “funções de computador” que circulavam pelas terras do Tio Sam eram usados ​​principalmente como ferramentas de trabalho, e não possuíam nenhum recurso de entretenimento.

A BlackBerry foi a empresa que mudou tudo isso, trazendo interface mais amigável, funções de fotografia, música e vídeo, além de atualizações constantes, que a levaram a ser conhecida como “CrackBerry“, tamanha era a sua atividade.

A história dos smartphones - Blackberry

Mesmo assim, a maioria dos celulares ainda eram usados ​​por pessoas de negócios. Até que em 2007, o cenário mudou completamente com o primeiro iPhone.

O primeiro iPhone

O dispositivo da Apple era inovador. Para os iniciantes, era um dispositivo destinado ao usuário cotidiano.

A superfície de sua tela era sensível ao toque e poderia ser navegada com o dedo, e não mais com uma caneta, como acontecia nos smartphones anteriores.

O planejamento de marketing de Steve Jobs, no comando da Apple, alavancou a revolução do smartphone e foi um ponto de mudança no mercado.

A história dos smartphones - iPhone

Em comunicado à imprensa, a Apple dizia que estava “reinventando o telefone”, o que de fato acabou por ser comprovado.

O primeiro Android

Enquanto isso, Andy Rubin estava desenvolvendo sua própria versão de um sistema operacional móvel chamado Android.

Depois de ter sido comprado pelo Google, o primeiro telefone Android foi lançado em 2008.

A HTC foi a primeira empresa a adotar o Android com o HTC Dream ou G1, como era conhecido nos EUA.

A história dos smartphones - O Primeiro Android

A consolidação

Tanto o iPhone quanto o HTC Dream eram considerados inovadores, mas poucos podiam realmente entender o impacto que teriam no futuro.

Muitos jornalistas e especialistas do ramo criticaram duramente estes dispositivos em seus lançamentos, afirmando que eles eram caros demais pelo que ofereciam, além de serem extremamente limitados frente ao que se entendia por smartphone na época.

Mas, Google e Apple tinham outros planos. Steve Jobs já havia compreendido o apelo do novo smartphone muito antes de apresentar seu dispositivo em 2007.

Após a icônica apresentação, a Apple sabia que tinha um vencedor nas mãos e concentrou seus esforços na reprodução desse sucesso com dispositivos semelhantes, como o iPod Touch.

Assim eram os smartphones antes do iPhone…

Por outro lado, a história dos smartphones Android do Google evoluiu mais lentamente, com os dois primeiros anos de desenvolvimento bastante discretos.

No entanto, havia aqueles que acreditavam que a natureza aberta deste sistema operacional seria uma vantagem a longo prazo.

Em 2010, as ideias foram confirmadas, à medida que a popularidade do Android disparou.

No último trimestre de 2010, a Symbian foi destronada de sua liderança no mercado móvel e no início de 2012, o Android liderou o mercado de smartphones no mundo.

Hoje, podemos afirmar que a adoção em massa do smartphone é, sem dúvida, um marco histórico.

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Susane de Godoi

Sou publicitária, pedagoga e produtora de conteúdo, e aqui no Mobizoo encontrei meu cantinho na web para descomplicar a tecnologia através de guias simples e práticos, e também para falar sobre comportamento digital e seus impactos.

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